Por que Bolsonaro não entregou a taça da Copa América para a seleção
Antes da final da Copa América, organizadores da competição diziam que era normal a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, em campo. É padrão que o chefe-de-estado participe da cerimônia de premiação em Copas do Mundo e, em certas ocasiões, entregue o troféu. A Conmebol, no entanto, não o convidou para dar a taça de campeão à seleção brasileira para evitar politizar a cerimônia, chamando-o para participar da premiação de medalhas aos jogadores.
Leia também:
- Marquinhos e Tite deixaram Bolsonaro no vácuo? Entenda o que aconteceu
- Tite se recusa a falar sobre Bolsonaro e critica Messi: "mais respeito"
- Bolsonaro vira torcedor, participa da "ola" e quase cai da cadeira em gol
Pelo regulamento da Copa América, o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, que passa o troféu ao capitão. Mas há a possibilidade, sim, de a confederação sul-americana convidar o chefe-de-estado do país para acompanha-lo, segundo membros da entidade. No domingo, no entanto, Dominguez levou, sozinho, o troféu para Daniel Alves.
A avaliação da Conmebol é de que a participação de Bolsonaro na taça causaria um uso político da cerimônia, com possibilidade de vaias e aplausos. A entidade quer quer os jogadores sejam protagonistas. Por isso, convidou o presidente para entregar medalhas aos jogadores. Na semifinal no Mineirão, a AFA (Associação de Futebol Argentino) já tinha criticado a presença do presidente do Brasil em campo, classificando como "manifestação política". Havia um incômodo também na CBF de que Bolsonaro quisesse assumir protagonismo em campo.
Na última Copa do Mundo na Rússia, a Fifa também preferiu adotar esse procedimento da Conmebol. Foi o presidente da Fifa, Gianni Infantino, quem entregou o troféu para a França – o chefe-de-estado russo, Vladimir Putin, deu medalhas na premiação. Nos dois Mundiais anteriores, no entanto, Dilma Rousseff, no Brasil-2014, e Jacob Zuma, na África do Sul-2010, entregaram os troféus juntamente com o então presidente da Fifa Joseph Blatter, que chamou ambos para participar.
Apesar da intenção da confederação sul-americana de evitar política no Maracanã, Bolsonaro entrou em campo sob vaias dos torcedores na arquibancada, enquanto apoiadores gritavam seu nome. Esteve discreto no pódio. Depois, foi até os jogadores para tirar uma foto segurando a taça com alguns atletas festejaram o presidente. Logo em seguida, se retirou. Ainda assim, dirigentes da Conmebol avaliam que sua participação foi contida.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.