Fla 'encerra' caso de protesto agressivo; sindicato pede proteção à CBF
A diretoria do Flamengo encerrou o caso do protesto agressivo contra jogadores, principalmente Diego. Dirigentes entendem que não há como punir torcedores porque não identificaram sócios do clube. Já o sindicato nacional de atletas informou que há discussão de possível protesto pelos seguidos casos e pediu à CBF medidas de proteção aos jogadores em aeroportos.
No sábado no aeroporto Santos Dumont, em embarque para São Paulo, torcedores esperaram os jogadores no saguão para um protesto por conta da eliminação da Copa do Brasil. Vídeos do site "Flapress" mostram os torcedores inicialmente gritando e pressionando os atletas. Na passagem de Diego, há hostilidade que é respondida pelo jogador e, em seguida, esses torcedores tentam correr atrás dele e invadir setor do aeroporto. São contidos por seguranças. Nas imagens, é possível identificar rostos de torcedores.
"Foi um protesto de uma torcida específica. Entendemos o assunto como encerrado", afirmou o vice de Comunicação, Gustavo de Oliveira.
"Não detectamos quem foi. Queremos minimizar esse processo. Não entendemos por que disso. Estava fora de sintonia, foi mais forte do que poderia se esperar. A ideia é esfriar isso", analisou Gustavo de Oliveira. Questionado se a falta de punição aos torcedores não poderia levar a repetição de fatos, o dirigente entende que não: "Acreditamos que não vai voltar a acontecer."
O blog apurou que dirigentes chegaram a olhar as imagens, e até identificaram alguns dos participantes. Mas entenderam que eles não eram sócios, um deles tinha deixado de ser. Portanto, não poderiam ser punidos. Mais cedo, em São Paulo, o vice-presidente de Futebol, Marcus Braz, afirmou ao "Globo.com" que a diretoria estava tomando providência e que ia analisar nas imagens se teve protesto ou intimidação.
A Fenapaf (Federação Nacional de Atletas) defende um protesto dos atletas nos moldes do feito contra mudanças na legislação trabalhista para os jogadores – houve cartazes em jogos. Isso porque os casos de acumulam. Nesse ano, houve ataque ao ônibus do Palmeiras, entre outros episódios.
"Se os jogadores autorizarem, pode haver um protesto. Estamos disponíveis. Acho que seria bom. A ideia já foi lançada antes no grupo de capitães (grupo que reúne jogadores de várias séries do Brasileiro). A decisão é deles se querem usar sua voz", disse o presidente da Fenapaf, Felipe Leite.
Leite explicou que já mandou ofícios para Ministério Público, Ministério Público do Trabalho e autoridades pedindo providências em episódios anteriores. Foi ignorado. Agora, mandou uma requisição para a CBF para pedir à Infraero (que regula os aeroportos) para permitir procedimento especial para embarque dos jogadores.
"Foi solicitado à CBF pela federação de atletas e pela federação de treinadores que as delegações tenham acesso à área privativa dos aeroportos para evitar isso", disse o dirigente sindical.
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