Fifa discute limitar elencos a 25 a 30 jogadores, mas CBF é contra
A Fifa discute limitar elencos de clubes de futebol a um número entre 25 e 30 jogadores para campeonatos nacionais. A CBF demonstrou ser contra essa medida por não ser possível no contexto brasileiro. Essa medida é estudada em um grupo na Fifa e foi debatida em reunião na confederação com diretores de futebol das agremiações nacionais.
"A tendência da Fifa é planejar uma restrição a elenco de 25 a 30 jogadores. Passaram essa informação para a gente. Eu disse que não daria no Brasil", informou o diretor do departamento de registros e transferências da CBF, Reynaldo Buzzoni, que faz parte do grupo de estudos da Fifa, onde há uma maioria de dirigentes europeus. Ele repassou a informação aos clubes nacionais.
A entidade tem cogitado medidas para limitar o poder de superclubes e agentes desde o ano passado. O presidente da federação internacional, Gianni Infantino, tem feito discursos duros pregando controle para esses.
Mas as medidas têm sido pensada analisando o contexto europeu. No Brasil, os clubes têm elencos numerosos em geral acima de 30 jogadores. A CBF tentou impor uma limitação de 40 atletas no Brasileiro-2019, e os times rechaçaram e elevaram para 45 o número final, com direito a trocas.
"Essa limitação de 25 atletas é boa para o técnico, mas não é boa para o gestor no Brasil. O Manchester City pode ter 25 jogadores porque, se perde um, vai lá e pega o capitão do Atletico de Bilbao por 40 milhões de euros. No Atlético, não tenho como fazer isso. Gosto de programar um time com 33, com 11 de transição", afirmou o diretor de futebol do Atlético-MG, Rui Costa.
A CBF quer, sim, limitar o elenco, mas concorda com os clubes brasileiros que isso é inviável nos campeonatos nacionais no Brasil. "Falei para a Fifa que podia ser aplicada a limitação de 25 nos campeonatos internacionais", contou Buzzoni. A Libertadores já tem essa restrição.
Outra medida estudada no grupo da Fifa que pode ter impacto para os clubes é a restrição de empréstimos de jogadores. Segundo Buzzoni, a ideia é que as agremiações só possam emprestar oito jogadores.
Assim, evitaria-se a estratégia de clubes europeus de contratar só por reserva de mercado. No Brasil, também há casos de times grandes que distribuem jogadores emprestados pelo país.
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