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Rodrigo Mattos

Fifa sugere à Conmebol critério que daria vaga no Mundial a Fla ou Grêmio

rodrigomattos

26/10/2019 04h00

Durante a semana, a Fifa realizou a reunião da sua cúpula na China quando aprovou Xangai como sede do novo Mundial de Clubes de 2021. Em conversas em paralelo ao encontro, a federação internacional recomendou à Conmebol critérios para determinar as vagas na competição, embora seja da confederação sul-americana a palavra final. Pela fórmula sugerida, Flamengo ou Grêmio teriam um lugar garantido.

A Fifa aprovou a criação do novo Mundial com 24 clubes no primeiro semestre, sendo seis sul-americanos. Desde então, a Conmebol tem tido idas e vindas em relação ao critério. Primeiro, queria botar os quatro campeões da Libertadores do ciclo (2017 a 2020). Em outubro, sua diretoria lançou a ideia de recriar a Supercopa de campeões para definir duas vagas.

Os diretores de competições da Fifa, Collin Smith, e técnico, Steven Martens, no entanto, apresentaram indicações para todas as confederações continentais sobre os critérios. Foram duas alternativas apresentadas: 1) Os quatro campeões da Libertadores do ciclo (2017 a 2020), mais vaga para dois vencedores da Sul-Americana 2) campeões e vices da Libertadores das edições de 2019 e 2020, com os dois campeões da Sul-Americana.

No primeiro plano, o Grêmio teria uma vaga garantida na competição. No segundo plano, o Flamengo teria um lugar independentemente do resultado da final diante do River Plate.

A CBF apoia que seja adotada uma dessas duas alternativas porque se opõe frotalmente a criação da Supercopa em dezembro e janeiro. A Conmebol admite rever as datas para tentar encaixar a competição no calendário, ressaltando que o plano inicial era um esboço. O presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, mantém a ideia da Supercopa apesar da sugestão da Fifa.

Todos esses cenários serão discutidos em reuniões do Conselho da Conmebol até o final do ano. A tendência é uma definição ainda neste ano.

Em sua recomendação, a Fifa indicou para a UEFA que a melhor alternativa seria classificar os campeões da Liga dos Campeões e da Liga Europa no ciclo de quatro anos. Isso porque a Europa tem direito a oito classificados após longa discussão com a UEFA que queria minimizar o número de times do continente no torneio.

Além de esportiva, a importância da vaga no Mundial é financeira. A Fifa tem um plano de venda da competição para parceiros que levante quantias significativas de dinheiro. Já houve propostas até bilionárias por esses direitos. Nesse cenário, há a estimativa de que as cotas dos clubes serão altas até para atrair os europeus. Não há, porém, cifras definidas.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.