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Rodrigo Mattos

Rico, Handebol quer seleção permanente antes da Rio-2016

rodrigomattos

13/07/2013 07h18

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )

O anúncio do patrocínio do Banco do Brasil, nesta semana, para o handebol turbinou os projetos da confederação para a Olimpíada do Rio-2016. Agora, a entidade soma R$ 13,4 milhões em receitas fixas anuais, contando Banco do Brasil, Correios e Lei Piva, fora aportes extras do governo federal. Com esse suporte financeiro, o presidente da confederação, Mano Oliveira, já tem o plano de criar duas seleções permanentes nos últimos seis meses de preparação para os Jogos.

Explica-se: boa parte do dinheiro público injetado na confederação é usado para salários de atletas enquanto estão com a seleção. São os chamados auxílios. No momento, existem cerca de 44 jogadores, metade do masculino e metade no feminino, que são beneficiados com essa verba nos períodos de treinamento.

A intenção dos cartolas da entidade, agora, é expandir o máximo possível esses períodos dos atletas com o time nacional. O obstáculo é o fato de quase todos os melhores jogadores brasileiros atuarem na Europa, com  bons salários em países tradicionais do continente. Resultado: é preciso gastar mais para ter os atletas por mais tempo juntos.

Com esse plano, a confederação já tem uma parceria com o time austríaco Hypo, para onde levou quase toda a seleção feminina. Isso aumenta o entrosamento das jogadoras. Houve uma proposta similar de um time masculino da Dinamarca para também reunir os jogadores brasileiros neste ano. O acordo não saiu, mas pode ser negociado para 2014.

Mas o pulo do gato para a confederação seria reunir as duas seleções nacionais com seis meses de antecedência à Olimpíada para treinos no Brasil. "Ainda não dá (o dinheiro). Isso seria um extra. Mas já estamos falando com os atletas sobre isso. Os brasileiros estão supervalorizados na Europa, e vão estar muito mais em 2016", explicou Mano Oliveira.

O presidente da confederação entende que o time brasileiro já está praticamente no nível dos europeus, principalmente o feminino. O que falta é ter um elemento que lhe dê vantagem extra nos Jogos. É dessa forma que ele vê o projeto da seleção permanente. Até porque a confederação avalia que é possível brigar por medalhas no feminino, que já tem um dos times mais fortes do mundo, e no masculino, que ainda tem de evoluir. Mas, para isso, a confederações terá de receber mais alguns milhões na avaliação da sua diretoria.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.