Topo

Rodrigo Mattos

Nos braços de Elias, torcida do Flamengo retoma o Maracanã

rodrigomattos

28/07/2013 20h52

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )

Há diversas críticas ao novo Maracanã, a mudança da arquitetura, os preços altos, a forma com os times são tratados pelo novo gestor. Mas a comemoração de Elias nos braços da torcida do Flamengo, após marcar um gol no último minuto, foi uma retomada do que era o espírito do estádio, como ocorrera com os vascaínos na semana passada. E, desta vez, uma nova característica da arena permitiu que o jogador se integrasse aos rubro-negros após o empate sobre o Botafogo.

Era um jogo que se desenhava francamente desfavorável ao Flamengo. Melhor armado, em melhor posição na tabela, o time alvinegro dominou no primeiro tempo, comandado pelo holandês Seedorf. Eram criadas por ele as melhores chances de gol, como o passe à meia altura para Rafael Marques abrir o placar.

O Botafogo atuava como verdadeiro mandante do estádio. A vantagem poderia ser maior, mas o time já garantia a liderança provisória do campeonato. Era um prêmio para o holandês que mostrava sua satisfação por estrear no Maracanã.

Só que este estádio tem tradições que vêm de longos anos, e uma delas é que o rubro-negros são majoritários. E havia muitos anos que eles não iam ao estádio torcer por seu time. Após o intervalo, a torcida do Flamengo retomou o que lhe é de direito: o Maracanã.

Em campo, Mano Menezes acertou a mão ao trocar Gabriel por Adryan, e Diego Silva por Luis Antônio. O garoto loiro da Gávea mudou o jogo, e botou o time rubro-negro em cima do rival. Duas bolas na trave, dois gols anulados, um deles de forma errada.

Não se pode dizer que o time rubro-negro era um primor de organização. Mas repetia a combatividade vista na partida diante do Internacional, e cansou de ameaçar o gol alvinegro. A ponto de, na conta final, os times terem acabado quase empatados em finalizações, 15 contra 16 em favor dos rubro-negros.

O Flamengo sofria, mas não acertava. A torcida gritava, mas não se aliviava. Até que a bola vadia sobrou nos pés de Elias. Seu chute certeiro foi seguido da corrida em direção aos torcedores. Pronto, o Maracanã voltava ali, em um momento, aos braços do povo.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.