Mineirão fica sob ataques enquanto futebol mineiro decola
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O futebol mineiro está em alta dentro de campo com o líder do Brasileiro e o campeão da Libertadores. Fora do gramado, há uma disputa que põe sob questionamento todo o modelo de uso do Mineirão, estabelecido por uma PPP (Parceria Público-Privada). Teoricamente, isso reduziria despesas públicas e permitiria uma gestão profissional.
Na prática, a informação extraoficial é de que o Estado tem pago R$ 11 milhões por mês à empresa Minas Arena. Os dois maiores clubes, Atlético-MG e Cruzeiro, estão insatisfeitos com as regras do estádio. E o torcedor tem reclamado de péssimos serviços.
O Galo já não aceitava as condições impostas pela Minas Arenas e, por isso, insistiu no uso do Independência. Agora, é o Cruzeiro quem está revoltado com a administradora: não pagou despesas do clássico de domingo, ameaça com uma disputa judicial e com um pedido de revisão do seu contrato de 25 anos.
A briga começou por conta da cessão sem custos de operação do estádio ao Galo para a final da Libertadores. O Cruzeiro, que tem contrato fixo com a arena, sempre bancou 70% desses gastos com limpeza, segurança, entre outros itens. Resultado: os cruzeirenses não descontaram os valores das despesas do borderô do jogo de domingo.
"Se quiser receber, a Minas Arena vai ter que questionar na Justiça", afirmou o diretor de comunicação cruzeirense, Guilherme Mendes. A alegação do clube é de que, pelo seu contrato com a Minas Arena, qualquer benefício dado a outro clube terá de ser concedido também ao time da Toca da Raposa.
Já a Secretaria de Copa do Mundo de Minas Gerais, que deu a concessão da arena à Minas Arena, informou ter cedido ao Atlético-MG uma das quatro datas a que tem direito de uso do Mineirão sem despesas. Só que os cruzeirenses alegam nunca terem recebido benefício igual.
Fato é que essa disputa pode levar até a uma revisão do contrato do Cruzeiro com a administradora da arena. "Podemos até discutir outro contrato. O Mineirão não pertence à Minas Arena", disse Mendes. O blog tentou ouvir a Minas Arena, sem resposta.
A resolução do problema não é fácil. O estádio tem um custo de manutenção de R$ 24 milhões por ano. Isso significa que tem de gerar o máximo de receita para o negócio valer à pena para administradora e isso minimizar os custos do Estado. A PPP é um negócio de R$ 677 milhões por dez anos.
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