Dívidas altas são herança de Luxemburgo no Grêmio
( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )
Assumindo um novo grande clube, o Fluminense, o técnico Vanderlei Luxemburgo acabou de deixar no seu último time, o Grêmio, uma herança de altos contratos e dívidas. Sob a direção do treinador, os gastos previstos em contratos de direitos de imagem, de comissões e de luvas dobraram em apenas três meses. Desde a saída dele, há um mês, dirigente gaúchos têm cortado despesas para equilibrar as finanças.
O balancete de março de 2013 gremista mostra que havia R$ 30,5 milhões a serem pagos pelo clube até o final do ano só em contratos de direito de imagem, serviços, participações e comissões. Ao final de 2012, esse montate era de metade, com R$ 15,3 milhões.
Esse tipo de despesa é o que se tem com as contratações de jogadores, incluindo luvas e salários pagos por meio de pessoa jurídica. O período em que esses valores dobraram foi justamente quando Luxemburgo pôde montar seu elenco no Grêmio pela primeira vez em um início da temporada, já que renovara no final de 2012. Chegaram jogadores como Barcos, Vargas e Cris.
A justificativa dos dirigentes gremistas é que foram trazidos atletas que tiveram impacto no mundo todo, como o caso do chileno Vargas que foi disputado com times europeus. Lembre-se que Flamengo e São Paulo desistiram de leva-lo por conta do alto preço.
A versão de pessoas próximas ao treinador, no entanto, é diferente da ouvida da diretoria gremista. Para Luxemburgo, os jogadores mais caros já estavam por lá quando ele chegou, como eram os casos de Marcelo Moreno e Kléber. Os aliados do técnico afirmam que aqueles que chegaram não tinham preço de transferência.
Fato é que, logo após a saída do treinador, a diretoria começou a cortar gastos e fazer dispensas. Até agora, segundo apurou o blog, o custo mensal do futebol caiu entre 15% e 20%. A queda na Libertadores foi a justificativa para essa diminuição dos gastos.
Atualmente, a informação no clube é de que o custo mensal com o futebol gira em torno de R$ 6,5 milhões a R$ 7 milhões. É um patamar alto, no nível de um grande time brasileiro, mas abaixo de equipes como o São Paulo. Mas isso significa que, antes da redução, o Grêmio gastava em torno de 8 milhões por mês com futebol, o que o colocaria como um dos elencos mais caro do país.
E ainda há a rescisão de Luxemburgo para ser acertada. Não foi diferente em clubes como Flamengo, Palmeiras, Atlético-MG, Santos, onde a saída do treinador sempre foi seguida de uma revisão de gastos e uma tentativa de fechar os buracos abertos nas contas.
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