Grêmio usa penhoras contra Luxemburgo para reduzir rescisão

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Já na direção do Fluminense, o técnico Vanderlei Luxemburgo tem uma disputa com o Grêmio em relação ao valor que será pago pela sua rescisão. E o clube gaúcho decidiu usar as ações judiciais e as penhoras sobre o treinador por dívidas com terceiros para reduzir o valor a ser pago.

Pelo contrato, o técnico tem direito a metade do restante de todos os salários que deveria receber até o final de 2014. Isso representa um valor entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões. Luxemburgo não abre mão de todo esse valor. Mas a diretoria gremista quer pagar metade disso, parcelado em 50 vezes.

Diante da discordância, há a forte possibilidade de uma disputa judicial para resolver a questão. Teoricamente, o treinador levaria vantagem por ter o contrato a seu favor. Só que os gremistas resolveram virar o jogo com o uso do ponto fraco do Luxemburgo: os vários processos sofridos pelo técnico.

O treinador tem suas contas bloqueadas por ações como as movidas pelo árbitro Rodrigo Martins Cintra ou o processo do ex-jogador Edmundo. Por isso, cartolas do Grêmio já decidiram que, se houver uma insistência no valor total da multa, vão comunicar todos os credores do treinador sobre os valores que ele tem a receber do clube.

Desta forma, boa parte do dinheiro iria para os credores, e não para o treinador. Até porque já houve decisões judiciais de penhorar até o salário do próprio técnico enquanto ele estava no Grêmio. A oferta da diretoria do clube gaúcho será pagar menos diretamente a Luxemburgo.

Representantes do técnico, no entanto, descartam relação entre as ações judiciais e a rescisão do treinador com o Grêmio. Afirmam que deve ser a Justiça quem determina bloqueios de contas e bens, e não o clube. Por isso, Luxemburgo não abre mão da multa completa da rescisão.

Essa disputa pela multa contratual é mais uma herança da passagem do  treinador pelo Grêmio, além dos altos contratos de jogadores.