Topo

Rodrigo Mattos

Com paz no futebol, Fla agora pensa em rombo de R$ 40 mi

rodrigomattos

13/08/2013 15h50

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )

A forte pressão que enfrentavam o vice-presidente de futebol, Wallim  Vasconcelos, e o diretor Paulo Pelaipe simplesmente sumiu após os bons resultados nas últimas rodadas. Agora, as atenções da cúpula se voltam mais para fechar as contas até o final do ano porque ainda há compromissos de R$ 40 milhões em aberto.

Com um passivo considerável das últimas gestões – a dívida está pouco abaixo de R$ 700 milhões agora -, a diretoria rubro-negra tem se equilibrado entre a necessidade de investir no futebol e ao mesmo tempo de equilibrar as contas. Quando há maus resultados em campo, tem que contratar. Quando o time melhora, pode se concentrar em manter sadio o caixa do clube.

Há dez dias, houve até a convocação de uma reunião extraordinária de diretoria para discutir o futebol do clube. A intenção de membros da cúpula do clube era cobrar o departamento pelo mau rendimento do meia Carlos Eduardo, a posição do time na zona de rebaixamento, entre outros itens. Havia exigências de conselheiros por mais investimentos em contratações de jogadores.

Só que logo depois o Flamengo bateu o Atlético-MG de forma convicente. Os relatos são de que, no dia seguinte, sequer houve clima para cobranças na reunião extraordinária na segunda-feira.

Mais do isso, a contratação de Chicão e a boa estreia de André Santos calaram os pedidos por mais reforços, ainda mais porque o lateral atuou bem no primeiro jogo, no Fla-Flu, em nova vitória. O desempenho eficaz de Elias, contratado no início do ano, também serviu como compensação para o apagado Carlos Eduardo, na visão dos cartolas do clube.

Só que ainda há a questão das contas. Quando assumiu o clube, a diretoria via um rombo de cerca de R$ 140 milhões para este ano de 2013. Ou seja, era a diferença entre o que o clube arrecadaria e o que havia de compromissos para pagar.

Esse total caiu para cerca de R$ 40 milhões com a entrada de patrocínios novos, cortes na folha salarial e renegociações de dívidas. A questão é que agora o clube ficou limitado na capacidade de produzir novas rendas, fora bilheteria. Então, terá de pensar se recorre a antecipações de receita ou empréstimos para manter salários e contas em dia, o que tem conseguido até agora segundo membros da diretoria.

Com o futebol em paz por enquanto, o Flamengo pode pensar no seu ano de ajuste financeiro. Claro, enquanto o time de Mano Menezes se mantiver bem.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.