Prefeitura pede ajuda a Corinthians para reduzir gastos no Itaquerão
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Como sede da abertura da Copa-2014, São Paulo tem previsão de ter as mais caras instalações provisórias do evento, visto que terá de receber uma grande quantidade de patrocinadores, políticos e outras pessoas importantes no Itaquerão. Mas a prefeitura paulistana tem contado com a ajuda do Corinthians para tentar derrubar esses custos.
Segundo a vice-prefeita, Nádia Campeão, responsável pelo projeto na prefeitura, a estimativa é de que sejam feitas despesas entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões. Só que esse foi o valor aproximadamente gasto nas estruturas das sedes da competição de 2013. Essas instalações costumam ser bem menores, um quarto na estimativa da Fifa, do que as do Mundial. E nenhuma delas receberia a abertura da Copa.
"Estamos definindo a responsabilidade de cada coisa. Como este estádio é privado, poderão ter coisas que já serão feitas para a sua instalação e poderão ser usadas na Copa. Um exemplo são os ar-condicionados que vão se conectar ao setor do estacionamento que já vão existir e poderão ser usados em algumas instalações", afirmou Campeão.
Ou seja, alguns custos que seriam da prefeitura com itens provisórios serão feitos como permanentes pela Odebrecht e pelo Corinthians. Isso acontece, óbvio, quando já há interesse do clube em ter determinado item para seu uso posterior. Sua construção evita um gasto a mais da prefeitura de São Paulo.
Ressalte-se que o clube e a construtora não têm nenhuma responsabilidade nas estruturas provisórias, que são um dever do município por contrato. Por isso a diretoria corintiana também espera que a prefeitura arque com todos os gastos com adaptações exclusivas para a Copa, depois retirando as para que o clube possa ajustar a seu feitio a arena.
Outra solução para a prefeitura é utilizar o prédio da Fatec (Escola Técnica) para o centro de credenciamento. Mais prédios estão sendo estudados para o mesmo fim. Uma outra aposta de Campeão para reduzir custos é o fato de a Fifa ter percebido, segundo ela, que nem tudo que foi usado na Copa das Confederações era necessário.
Assim, seria possível cortar alguns itens da lista para o Mundial. A tendência, quando se conversa com os dirigentes da federação internacional, é inversa. A estrutura da Copa representa o quádruplo do tamanho do evento-teste na avaliação dos dirigentes da Fifa.
Apesar do otimismo da vice-prefeita em cortar custos, o município só vai ter uma noção exata do tamanho do gasto no final de agosto ou início de setembro quando o COL (Comitê Organizador Local) lhe passar o detalhamento do que é preciso para o Itaquerão. A partir daí, a intenção da prefeitura é de que até o final do ano seja realizada a licitação para a contratação das instalações provisórias. Mas a colocação das estruturas só acontecerá mais próxima do Mundial.
Com Paulo Passos e Vinicius Segalla
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