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Rodrigo Mattos

Por economia, Corinthians reduz influência da Fifa no Itaquerão

rodrigomattos

20/08/2013 14h00

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )

Na frente das câmeras, nesta segunda-feira, dirigentes da Fifa e do Corinthians exibiram sorrisos de satisfação com o ritmo das obras do Itaquerão, considerado o mais avançado entre as seis arenas ainda por construir. Por trás das câmeras, a diretoria corintiana tem reduzido a influência da federação internacional no estádio para minimizar os custos de obras.

O caso mais flagrante foi o elevador para atender o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e os VVIPs da entidade, cujo veto trouxe economia de R$ 20 milhões. Mas há outros itens que o clube negociou e modificou para atender mais seus interesses, e menos os da federação internacional.

A intenção é minimizar os gastos com uma futura adaptação do estádio para o seu perfil, que terá de ser feita após o Mundial. A avaliação da diretoria corintiana é de que já houve uma boa economia com as negativas ditas à federação internacional.

Por exemplo, a Fifa costuma fazer exigências sobre a localização de salas, a instalação de passagens para seus cartolas, entre outros itens. Baseia-se em um plano para locais de abertura do Mundial que está descrito no manual técnico com requerimentos para estádios da entidade. A intenção corintiana é que a federação internacional adapte seu plano ao Itaquerão, e não o contrário.

O Corinthians ganha força na negociação por dois motivos: está no prazo para a conclusão prevista e seria muito complicado ou quase impossível modificar a sede da estreia da Copa.

Até porque o estádio para abertura é o que tem maior número de exigências ao lado do local da final, que é o Maracanã. Há especificidades como espaços maiores para VVIPs e capacidade aumentada para a imprensa.

Por enquanto, o custo de construção do Itaquerão permanece nos previstos R$ 820 milhões, embora possam acontecer aumentos com ajustes da obras. Pelo cenário até agora visto pelos corintianos, não há sinal de que vá ocorrer um incremento significativo.

É claro que o clube tem um gasto adicional: os juros de mercado por conta de empréstimos para cobrir a ausência do financiamento do BNDES até agora. A expectativa é de que esse acordo com o banco público, intermediado pela Caixa Econômica, saia na próxima semana, mas as esperanças corintianas já foram frustradas anteriormente.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.