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Rodrigo Mattos

Caso se livre da Série B, Muricy deve ficar no São Paulo após eleição

rodrigomattos

17/09/2013 16h11

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )

Em alta após duas vitórias seguidas, que tiraram o time da zona de rebaixamento, o técnico Muricy Ramalho tem promessa de vida longa no São Paulo caso se livre da Série B do Brasileiro. Ambos os candidatos a presidente no clube, da situação e oposição, dizem que devem mantê-lo no comando da equipe caso sejam eleitos.

O contrato de Muricy vai até o final do ano, mas não tem multa rescisória. É um compromisso firmado nos termos da legislação trabalhista, o que permite reajustes no final da temporada. Ou seja, se ele evitar o rebaixamento, só uma catástrofe o tiraria do clube ao final do ano.

Restaria a questão sobre o período posterior a abril, quando será eleito um novo presidente entre Carlos Miguel Aidar, situação, e Kalil Rocha Abdalla, oposição. Mas ambos fazem elogios ao treinador e dizem que pretendem contar com ele.

"Não tenho nenhuma dúvida que vou querer continuar com ele. Até porque, antes de ele ser contratado, iria ligar para ele para saber se estaria disponível até abril quando poderia assumir o clube", afirmou Aidar.

O candidato disse que foi partidário da contratação de Muricy já quando Paulo Autuori foi o escolhido pelo presidente Juvenal Juvêncio. E também contou que foi contra a demissão do treinador, em 2009.

"Se o time tiver ganhando, claro que ele fica. Gosto muito dele", ratificou Kalil. "Caso vençamos a eleição, vou me reunir com meu grupo para falar sobre técnico."

O candidato de oposição era favorável a contratação de um treinador estrangeiro, mas só para um início de temporada. E não gostava do trabalho de Paulo Autuori. Mas deixou claro sua simpatia pelo atual treinador, e rechaçou méritos da diretoria pela nomeação do novo treinador.

"Por que não contrataram o Muricy antes? Quem contratou o Muricy não foi a diretoria. Foi a torcida que pediu ele na arquibancada", atacou Kalil.

Já Aidar entende que não haverá peso da contratação do novo treinador no resultado da eleição. Para ele, o futebol influencia pouco nas votações de sócios e do Conselho Deliberativo. "Pode prejudicar um pouco (se o futebol estiver mal)", analisou.

Ambos os candidatos estão otimistas sobre as chances de o time se livrar do rebaixamento, mas entendem, como jogadores e treinador, que a situação ainda não é tranquila.

Há uma possibilidade de uma terceira candidatura por parte de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que pretende se viabilizar mesmo sem apoio da situação. Ele, que tem bem menos chances, não gosta de Muricy, de quem é desafeto desde a época em que trabalharam juntos no clube.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.