Em festa do Corinthians, Federação do Rio abre guerra com CBF

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Um dos dirigentes rebeldes presentes à festa do Corinthians, o presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, atacou a CBF e defendeu o movimento dos jogadores por mudanças no calendário. Deixou claro o racha entre parte das entidades filiadas e a confederação.

Após a reclamação dos atletas, o Estadual do Rio foi o primeiro a ter uma redução: passou a ter um turno único e começará uma semana depois dos outros, no dia 19 de janeiro. O cronograma da confederação prevê partidas a partir do dia 12.

"[CBF] Não consultou ninguém para fazer esse calendário. Se tivesse consultado, seria bem diferente", afirmou Lopes ao blog, durante a festa corintiana. "O calendário da CBF é esdrúxulo e absurdo."

Para Lopes, é direito dos jogadores de se manifestar porque eles são os mais afetados pelo excesso de partidas. Por isso, aceitou a redução do Estadual, e acena com uma competição a partir de fevereiro em 2015 e um mês de pré-temporada.

A questão é que o dirigente do Rio entende não ser necessária nova diminuição da competição local. Sua opinião é de que cabe a CBF encaixar o campeonato carioca e as outras competições em um calendário que faça sentido e dê tempo para os atletas se prepararem. Por isso, classifica como aberração as 23 datas do Paulistão, gerido pelo vice da CBF, Marco Polo Del Nero.

Outro ataque de Lopes à confederação refere-se a tentativa política de esvaziar a festa do Corinthians, vista como manifestação de oposição.

"A CBF, por meio do Reinaldo Carneiro Bastos, ligou para tentar impedir que viéssemos. É um absurdo", contou. "Não ligaram para mim porque sabem que eu não ia aceitar."

Desta forma, Lopes se assume como oposição na confederação, alinhado a corrente das federações do Rio Grande do Sul, Bahia e Paraná, contrárias à gestão de José Maria Marin. Após aliados tentarem esvaziar a festa, o presidente da CBF esteve na celebração do Corinthians: ficou a maior parte do tempo recluso e saiu mais cedo do local.