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Rodrigo Mattos

Sem Messi, Neymar se libera de gesso tático e joga como no Santos

rodrigomattos

01/10/2013 17h54

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_ )

A ausência de Messi, contundido, modificou a forma de atuar de Neymar no Barcelona, diante do Celtic. De jogador restrito à ponta esquerda, o brasileiro se tornou a peça principal do ataque do time catalão com movimentação constante pelo setor ofensivo. Faltou-lhe acertar as conclusões a gol com faz o craque do time.

Na estreia da Liga dos Campeões, contra o Ajax, o ex-jogador santista foi colocado fora da faixa de campo do argentino. Messi atuava bem móvel, no centro do ataque, na área e às vezes no canto direito do setor ofensivo. Neymar corria muito na ponta oposta, atuando como auxiliar de luxo.

No início da partida na Escócia, o brasileiro estava, mais uma vez, pela esquerda, com Pedro e Fabregas ocupando as faixas mais centrais do campo. Mas, como esses apareciam menos na área, Neymar começou a girar pelo campo.

Seu mapa de calor do site da UEFA mostra o até no canto de campo direito em uma inversão para criar jogadas. Esteve ainda em arrancadas pelo meio campo e na área. Foi em um desses avanços que sofreu falta dura e chute de Brown, que resultaram em na expulsão do rival. Também foi no meio que achou passe preciso para Alexis Sanchez, que fez o cruzamento para o gol de Fábregas que deu a vitória ao Barcelona.

Com a saída do mesmo Fábregas, Neymar tornou-se, de fato, quase um centroavante do Barcelona, já que o time não atua com um jogador fixo à frente do ataque. Ao final, concluiu cinco vezes a gol, o mesmo número de sua estreia na Liga dos Campeões. E, surpreendentemente, correu menos do que no primeiro jogo.

Mas, desta vez, foram chutes muito mais perigosos. Dois deles, fortes, dentro da área, ambos defendidos pelo goleiro Forster. Para que de fato substituísse Messi à altura, faltou a ele a precisão do argentino na conclusão.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.