Após violência, STJD pressiona CBF pela volta dos portões fechados
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Com os seguidos casos de violência nos estádios brasileiros, surgiu novo movimento por mudanças na legislação nacional e esportiva com itens de maior rigor para punir clubes e torcedores. Um lobby é feito pelo procurador do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, junto à CBF para tentar a volta dos jogos com portões fechados como pena para incidentes nas arenas.
Neste ano, a pedido da procuradoria, o tribunal esportivo chegou a estabelecer que o Vasco e o Corinthians teriam de atuar por dois jogos sem torcedores por brigas de seus fãs.
Só que a medida feria o regulamento do campeonato, que dá à confederação a prerrogativa de estabelecer as penas por perda de mando de campo. E, nas regras da CBF, não há previsão de portões fechados, apenas de jogos a 100 km de distância da sede.
Ou seja, ficou claro que o STJD não vai aceitar o entendimento de procuradores de que poderia ser aplicada a pena de retirar torcida do campo utilizando regulamento da Fifa.
Por isso, Schmitt já fez reuniões com o diretor de competições da confederação, Virgílio Elíseo, para pedir a mudança de regras para o próximo ano. Já foi requisitada uma reunião com o presidente e o vice da CBF, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, para discutir o caso. A alegação do procurador é de que, com as novas arenas da Copa pelo Brasil, a punição de atuar longe de seu campo se tornou inócua.
"Agora, o time perde o mando e ainda vende para um local longe e ganha mais dinheiro", atacou Schmitt. "Os fatos estão ai. Se as pessoas não se sensibilizarem, todo mundo vai continuar a fazer o que quiser sem ter punição de fato."
Em paralelo, está em discussão a regulamentação do Estatuto do Torcedor – haverá mais uma audiência entre juristas independentes e do governo federal para falar sobre o caso. O principal debate é o cadastramento de torcidas organizadas de forma nacional, com entrada separada dos outros torcedores, para identificar quem é proibido de entrar no estádio.
A questão é que essa medida já foi tentada na FPF (Federação Paulista de Futebol), mas o sistema da entidade não garante o controle de quem entra no estádio. Ou seja, punições de torcedores de nada valem e torcedores envolvidos em casos violentos continuam a frequentar os estádios.
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