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Rodrigo Mattos

Para Corinthians, jogos fora têm maior risco de problema com torcida

rodrigomattos

19/10/2013 06h00

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos)

A diretoria do Corinthians admite que jogos como deste sábado, diante  do Criciúma, têm maior risco de problemas com a torcida do que os ocorridos no Pacaembu. Explica-se: o clube não tem relacionamento direto com a maioria dos torcedores e não conhece tão bem o local e o pessoal de operação de segurança.

Até agora, todas as partidas em que a torcida corintiana criou confusão foram com o time como visitante, em Lucas do Rio Verde (sinalizadores), em Campo Grande (garrafa arremessada), em Brasília (briga generalizada) e no Morumbi (suposta bomba). O clube já sofreu três punições do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), e será julgado mais uma vez. Por isso, atuará neste sábado no Estádio Novelli Jr, em Itu. Só que, desta vez, como mandante.

"A operação local tem a responsabilidade. Mas é prevista a punição do clube. Estamos fora do nosso ambiente. O pessoal local não conhece a torcida", afirmou Lucio Blanco, gerente de arrecadação do Corinthians, que organiza os jogos.

O clube tem tentado fazer um trabalho de conscientização da torcida para evitar novas punições. Para isso, as organizadas participam das reuniões de preparação das partidas, e são alertadas sobre as penas a que o clube pode ser submetido. Sócios-torcedores, que compram ingressos pela internet, também recebem avisos por meio de e.mails.

Mas Blanco admitiu que não está tendo sucesso, diante de tantos incidentes. Um dos motivos, na sua análise, é que nos jogos fora do Pacaembu há um número menor de torcedores com os quais o clube tem relacionamento direto.

Para as partidas em Mogi-Mirim, por exemplo, só 3 mil ingressos foram vendidos para sócios-torcedores, que são maioria no Pacaembu. Torcedores inscritos no programa que têm direito aos bilhetes não foram. Isso proporciona um público bem menos informado sobre as punições ao clube por confusões.

Experiências de clubes europeus no combate a holligans, principalmente na Alemanha, mostram que o caminho é o clube estreitar relações com os torcedores para minimizar os problemas. Mas isso tem que ser feito do ponto de vista institucional, com regras, um departamento encarregado no assunto e punições. Não com favores e invasões de CTs, como ocorre no Brasil.

Apesar disso, a diretoria corintiana tem a expectativa de que não haverá problemas em Itu, assim como ocorreu em Mogi-Mirim. Até por conta disso não houve um pedido de reforço da segurança para a polícia, que definirá a quantidade de agentes envolvidos no jogo. A expectativa é de um público de 15 mil pessoas.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.