Marin fracassa no lobby para resolver dívidas de federações

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Na disputa pela eleição da CBF em 2014, o presidente da CBF, José Maria Marin, perdeu um trunfo: tinha prometido revolver o problema das dívidas das federações estaduais, votantes no pleito do próximo ano. O problema é que o Ministério do Esporte descartou qualquer chance de incluir as entidades no projeto de parcelamento de débitos que vai favorecer os clubes de futebol.

O governo federal vem formatando o programa e já indicava que deveria deixar de fora as federações. Só que a confederação continuava a fazer lobby para mudar o quadro. Mas, na quinta-feira, o secretário de Futebol do Ministério do Esporte, Toninho Nascimento, afirmou que o texto, de fato, não incluirá as entidades.

Isso representou uma derrota para Marin. Ele realizou reuniões na CBF com as federações para estudar seus débitos. E também teve conversas junto ao deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) para atender as filiadas.

O parlamentar é sócio do presidente da Federação Paulo de Futebol, Marco Polo Del Nero, que é o provável candidato a presidente da CBF pela situação. Cândido tem defendido demandas de cartolas no Congresso. Ou seja, esperava-se que ele conseguisse resolver a questão das entidades.

Quando Toninho Nascimento decretou a exclusão das federações, oposicionistas da confederação já ficaram alertas para o fato. Nos bastidores, ressaltaram que agora Marin vai ter que explicar para as filiadas porque não conseguiu cumprir sua promessa de equacionar a dívida.

No final do mês e início de dezembro, haverá os próximos passos da disputa pela CBF. É articulada uma reunião das federações em que pode ser anunciada oficialmente a candidatura de Del Nero. A oposição espera esse encontro para decidir quais medidas vai tomar.