Vendas escassas à Europa inibem mercado brasileiro de atletas
( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_)
Cartolas do futebol brasileiro avaliam que a fraca movimentação do mercado nacional deve-se também ao pouco interesse dos clubes europeus por atletas brasileiros nesta janela de transferência. Explica-se: sem dinheiro europeu, e já com os cintos apertados pela economia do país, os clubes tiveram de tirar o pé nos investimentos.
No meio de 2013, houve uma série de negociações de jogadores nacionais de peso, como Neymar, Paulinho e Bernard, da seleção brasileira, todos para a Europa. No início de 2013, o São Paulo recebeu quantia milionária por Lucas. Mas, nesta janela de transferência, não houve nenhuma transação de peso de atletas brasileiros para a Europa.
Tanto que o maior negócio foi a venda de Leandro Damião do Internacional para o Santos, com dinheiro do Doyen Group, com sede em paraíso fiscal. Fora isso, o Grêmio negociou Alex Telles para a Turquia, e o Botafogo, Rafael Marquez, para a China. Há a possibilidade de Montillo também ir para o futebol chinês.
"Não teve venda de jogador. Nenhum clube sem venda de jogador consegue investir forte. Não há faturamento extra para isso", explicou o diretor financeiro do Corinthians, Raul Corrêa e Silva, que que prevê um ano apertado para todos os clubes. Seu time está com débitos em torno de R$ 8 milhões por direitos econômicos e esportivos.
O vice-presidente de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, vai mais longe na análise ao dizer que a crise econômica europeia incluenciou o que ocorreu no Brasil neste início de temporada.
"Os países estão com dificuldades financeiras e houve uma baixa troca de transferências entre o Brasil e a Europa. Quando não tem dinheiro da Europa, o dinheiro que corre aqui é reduzido", observou o cartola, que ainda vê uma escassez de talentos no futebol brasileiro no momento. Isso prejudica tantos os times nacionais que querem contratar quanto o interesse europeu no país.
Para o são-paulino, o quadro se agrava pelos altos valores pedidos pelos jogadores, fora da realidade. Essa ganância, como ele classifica, deve-se a um mercado brasileiro com excesso de caixa há dois anos pelas renovações de contratos de tvs que geraram pagamentos de luvas. Mas esse dinheiro acabou, o europeu também, e restou o comedimento aos dirigentes nacionais.
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