Procuradoria do TJD denuncia Mogi por racismo a Arouca, e informa polícia

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A procuradoria do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) ofereceu denúncia contra o Mogi-Mirim por racismo contra o jogador Arouca, do Santos. O clube foi enquadrado em artigos que preveem de perda de pontos da partida até perda de mando de campo. As provas do caso foram entregues à polícia civil pela corte esportiva, mas depende do atleta fazer uma queixa.

Em jogo pelo Paulista, torcedores do Mogi-Mirim chamaram Arouca de macaco. Por isso, o estádio do clube foi fechado preventivamente e o Santos pediu providências ao tribunal.

Pela denúncia, o Mogi responderá pelo artigo 243-G dop CBJD, parágrafos 1, 2 e 3. Pelo primeiro, o clube pode perder três pontos, o que o afetaria na briga pelo rebaixamento. Pelo segundo, pode ser multado. Pelo terceiro, pode perder o mando de campo.

Curiosamente, o procurador-geral Antônio Carlos Mecchia não considera que houve racismo, nem entende que o Mogi deveria pagar pelos atos de seus torcedores. Mas foi oferecida a denúncia para se respeitar o código.

"Como torcedor, acho um absurdo um clube responder por seus torcedores. Mas, como procurador, te digo que o código prevê então fizemos a denúncia", contou o procurador. "A manifestação de chamar de macaco, na minha opinião, não caracteriza racismo na esfera criminal. Mas é uma ofensa moral que também está prevista no código."

O julgamento do Mogi  foi marcado para a próxima segunda-feira em sessão do TJD. Além disso, o tribunal decidiu encaminhar todas as provas, CDs e denúncia do Santos, para a polícia civil.

"Encaminhamos toda a cópia do material para o Decradi (Delegacia de Crimes Raciais). Mas depende do jogador fazer a denúncia. Crime de racismo depende de representação", contou o presidente do tribunal, Mauro Marcelo.

Sobre o julgamento no TJD, ele não quis opinar porque será um dos julgadores. Mas deixou claro que o Mogi pode ter uma pena menor por estar cooperando com a investigação do tribunal até agora. "Isso está previsto no código."