Topo

Rodrigo Mattos

Jogo da Copa das Confederações tem renda 16 vezes maior que Brasileiro

rodrigomattos

25/03/2014 06h00

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_)

A renda da Copa das Confederações com ingressos demonstra o abismo financeiro entre a Fifa e o futebol brasileiro. Em média, jogos do torneio tiveram bilheteria 16 vezes maior do que as partidas do Brasileiro-2013.

A receita total da Copa das Confederações com entradas atingiu US$ 50,1 milhões (R$ 116,5 milhões). O número consta do relatório financeiro da federação internacional, divulgado na semana passada. Foram apenas 16 partidas para atingir essa receita. Ou seja, cada jogo do torneio obteve R$ 7,3 milhões de bilheteria em média.

Recorde em todas as suas edições, o Brasileiro-2013 chegou a uma bilheteria total de R$ 176,2 milhões, segundo relatório da consultoria BDO. Foram realizadas 380 partidas. Assim, a receita média por jogo é de R$ 464 mil.

Isso porque o Nacional teve um grande incremento de bilheteria com as novas arenas da Copa do Mundo. Até 2012, a renta total girava entre R$ 110 milhões e R$ 125 milhões. Praticamente o mesmo valor ganho no torneio de um mês da Fifa.

A federação internacional orgulhou-se de cobrar preços populares na Copa das Confederações. De fato, havia bilhetes da categoria 4 por R$ 57, no preço cheio. Mas, se consideramos o valor médio, a realidade é bem diferente.

A federação internacional vendeu em torno de 800 mil ingressos para o torneio. Isso significa que o bilhete médio saiu por R$ 146,00. Esse valor é quase o quíntuplo do que se cobrou em média nas entradas do Brasileiro: R$ 31.

Para se ter uma ideia, a renda média obtida pela Fifa na Copa das Confederações é superior a quase todos os jogos realizados por clubes brasileiros na história. Apenas em duas ocasiões se superou esse número: Atlético-MG x Olimpia (R$ 14,2 milhões) e Flamengo x Atlético-PR (R$ 9,7 milhões).

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.