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Rodrigo Mattos

Atlético de Madri repete Brasil e elimina toque de bola do Barça

rodrigomattos

09/04/2014 18h43

Para eliminar o Barcelona na Liga dos Campeões, o Atlético de Madri repetiu a estratégia utilizada pela seleção brasileira na final da Copa das Confederações diante da Espanha. Ambos os times usaram a tática do abafa no início, seguida de uma marcação forte, para derrotar o maior toque de bola dos adversários.

Não por acaso os números das partidas são bem similares. O predomínio de posse de bola foi do Barcelona e da Espanha, enquanto Atlético de Madri e Brasil tiveram lances de gol mais incisivos.

No ano passado, o técnico Luiz Felipe Scolari mandou seu time marcar avançado logo no início da partida, aproveitando-se do apoio da torcida no Maracanã. Conseguiu um gol com menos de 5min com Fred.

Nesta quarta-feira, o treinador Simeone atordoou o Barcelona com uma marcação no campo do adversário com o Vicente Calderón lotado. Após uma blitz na área, Koke fez o gol aos 5min do primeiro tempo.

Depois do abafa no início do jogo, ambos os times recuaram e deram campo para o adversário. Mas se mantiveram mais perigosos nos contra-ataques.

Ressalte-se que a seleção brasileira teve mais a bola do que o time madrilenho. Em 2013, a Espanha teve domínio 53% do tempo, contra 47% do Brasil. Em 2014, o Barcelona teve 64% contra 36% do rival.

O número de conclusões foi quase igual nos dois casos. Foram 15 arremates espanhóis contra 14 brasileiros na decisão.O Barcelona se abriu tanto no final que permitiu um pouco mais de chances ao rival: foram 14  chutes contra 11.

A maior competitividade de Brasil e Atlético de Madri também fica clara pelo número de faltas cometidas. Foram 26 da seleção brasileira, contra 16 da Espanha. Na Liga dos Campeões, o time madrilenho fez 15 faltas, diante de nove dos barcelonistas.

Xavi, Iniesta e Busquets compunham o meio-campo tanto da equipe de Barcelona quanto da seleção espanhola. Eles representam um estilo de jogo vitorioso que, cada vez mais, vem sendo superado pelos rivais.

Neymar também esteve em campo, uma vez do lado vencedor e do outro do lado derrotado. Coincidentemente, foi o melhor do time barcelonista na partida da eliminação. Não foi suficiente para mudar a partida. Tanto que o Atlético de Madri só não repetiu a diferença de gols do Brasil porque errou mais na conclusão.

( Para seguir o blog no Twitter: @_rodrigomattos_)

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.