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Rodrigo Mattos

No Beira-Rio, Inter supera Fla e tem maior renda do Brasileiro

rodrigomattos

24/04/2014 18h15

Os borderôs da primeira rodada do Brasileiro mostram que o Internacional foi, disparado, quem garantiu maior volume de receitas de bilheteria ao atuar no novo Beira-Rio. Isso apesar de o Flamengo ter sido o time com a maior arrecadação bruta – antes do corte das despesas. O clube gaúcho também superou times com melhores públicos como Fluminense e São Paulo, que cobraram ingressos mais baratos.

Isso se explica porque as despesas no estádio do Inter são bem mais baixas do que de outras arenas. Além disso, o clube não precisou baixar os ingressos para obter uma boa presença de torcedores em sua estreia.

A renda total colorada no jogo contra o Vitória foi de R$ 978.945,00, com um público de 21.983. Os custos do Beira-Rio e taxas ficaram em R$ 221 mil. Foram arrecadados R$ 31 mil em assentos Vips que pertencem a Brio, da Andrade Gutierrez. Retirados esses descontos, o clube ficou com um valor em torno de 670 mil – a receita líquida foi de R$ 707 mil.

Para se ter uma comparação, o Flamengo arrecadou R$ 1.144.515,00 na partida diante do Goiás, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Mas ficou com apenas R$ 324,307 mil, menos de um terço do total.

A explicação é que há um aluguel de 13% cobrado pelo Distrito Federal. Além disso, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro cobra 10% de taxa sobre a renda – a sua similar gaúcha morde 5% – e o clube ainda tem que dar outro naco para a Federação Brasiliense de Futebol. Outros custos do estádio também são bem mais altos.

São Paulo e Fluminense decidiram baratear seus ingressos para atrair mais público. Deu certo sob o ponto de vista de aumentar o número de torcedores, mas não para incrementar o caixa.

O clube paulista ficou com R$ 239 mil de receita líquida após os descontos de custos de cerca de R$ 180 mil. Pior foi o caso do tricolor carioca: levou apenas R$ 118 mil apesar do público de 35 mil, o maior da primeira rodada. Isso por conta da mordida do Complexo Maracanã, que ficou com mais dinheiro do que o Fluminense. Assim, sumiu a renda de R$ 385 mil.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.