Com padrinho, Ney Franco é preferido e sombra no Fla há sete meses
O nome de Ney Franco é cogitado pela atual diretoria do Flamengo para dirigir o time há pelo menos sete meses, desde a saída de Mano Menezes. Por isso, a diretoria vinha esperando por sua saída do Vitória para demitir Jayme de Almeida, que já não agradava há algum tempo.
A força de Ney Franco é fundamentada, entre outros motivos, na preferência do ex-presidente do clube Kléber Leite, cuja influência cresce no futebol do clube desde o ano passado. Quando Mano Menezes saiu, ele apoiara Ney Franco, com quem trabalhara em 2006 como vice de Futebol – ganhou a Copa do Brasil.
O Flamengo tentou Abel Braga e, depois da recusa, passou a estudar chamar Ney Franco. Mas Jayme de Almeida firmou-se com bons resultados e o título da Copa do Brasil, e esfriou o nome do treinador. Além do mais, ele estava bem no Vitória, o que dificultava sua liberação.
Desta vez, ciente da situação diferente do técnico na Bahia, a diretoria decidiu sondá-lo antes de demitir Jayme. Por isso, não avisou o antigo treinador de sua demissão nem na noite de domingo, nem na manhã de segunda-feira. Quando teve a confirmação da liberação do ex-técnico do Vitória, fechou a troca.
Ao blog, Kléber Leite negou participação na negociação para levar seu preferido ao clube agora, mas o elogiou. "Não dei indicação. Não participei porque tem gente lá (Flamengo) para cuidar disso", afirmou o dirigente. "Mas acho o Ney uma figura extraordinária. Sabe desenvolver um trabalho."
A demissão com um substituto garantido agradou parte da diretoria pela rapidez, mas desagradou a outros pela forma pouco elegante com que Jayme foi tratado. Após dois títulos, ele passou a tarde inteira já demitido, na praia, sem contato dos dirigentes do futebol. Só recebeu a ligação do vice de Futebol Wallim Vasconcelos no final da tarde. Isso gerou críticas internas na diretoria, além de externas como do ídolo Zico.
O desgaste de Jayme vem desde a eliminação da Libertadores. Mas também se fundamenta em críticas ao seu trabalho com poucos treinos táticos e sem a barração de jogadores sem condição física como André Santos. A demissão foi facilitada porque não há multa no contrato, segundo informaram cartolas ao blog.
Pelo que se conversou na reunião de diretoria nesta segunda-feira à noite, não haverá nenhuma nova mudança imediata no futebol do Flamengo, além da já anunciada demissão do diretor de futebol, Paulo Pelaipe. É outro cuja permanência se prolongou por sete meses pelo menos já que sua saída foi estudada junto com Mano Menezes. Há a intenção de contratar um diretor para subsituí-lo no futuro.
Não se cogita, no momento, a volta de Kléber Leite diretamente ao futebol do clube. Mas é fato que ele tem influência, o que causa polêmica. Afinal, o maior problema rubro-negro é uma dívida de cerca de R$ 800 milhões, uma parte dela originada nas gestões do ex-presidente.
Por exemplo, a agremiação rubro-negra foi multada em R$ 38 milhões pelo Banco Central por negociações de jogadores não registradas, boa parte delas em seu período como presidente. Foi Leite ainda quem fechou acordo com o Consórcio Plaza para a contratação do ex-jogador Edmundo, em 1995, em negócio que gerou um processo de mais de R$ 60 milhões contra o Flamengo.
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