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Rodrigo Mattos

Vingança! Objetiva, Holanda humilha toque de bola da Espanha

rodrigomattos

13/06/2014 17h53

Há quatro anos, Casillas fechava sua meta e impedia seguidos gols na cara de Robben para ser um dos heróis do título da Espanha na Copa-2010. Nesta sexta-feira, em Salvador, o arqueiro titular espanhol teve uma falha atrás da outra. O ponteiro holandês fez dois belíssimos gols, com entortadas na zaga rival de encantar os baianos.

Na Africa do Sul, o toque de bola espanhol envolvia o time laranja que apelava com as pancadas de De Jong. No Brasil, o tique-taque era um mero correr da bola pelo campo. Objetiva mesmo era a Holanda dos lançamentos longos, das roubadas de bolas e das finalizações certeiras.

Para quem esperava uma repetição da decisão de 2010, a equipe laranja deu um banho de bola ao marcar cinco gols e deixar no chão a arrogância dos campeões do mundo. A Espanha ficou em situação preocupante em seu grupo pois estará praticamente fora do Mundial se não vencer o Chile.

Quem olhar as estatísticas do jogo pode tomar um susto com o placar. Estão lá os cerca de 60% de posse de bola da Espanha, contra 40% do rival, tradicional domínio dos ibéricos. Mas isso só serviu para obter um gol em pênalti muito duvidoso – para este blog, não existiu – em Diego Costa. De resto, foi um baile.

Começou com um gol em três toques a partir da defesa holandesa. O segundo deles foi o lançamento de Blind, longo, e o último a cabeçada de Van Persie sobre Casillas. O atacante do Manchester United marcou dois, o outro em roubada de bola em nova falha do goleiro espanhol.

Mais certeiros, os holandeses tiveram mais conclusões a gol (13 contra 9) e correram mais em campo (109km contra 102km), segundo as estatística da Fifa. A diferença no estilo de jogo também pode ser percebida porque a Holanda dá muito mais passes longos do que os espanhóis, recupera mais a bola, e faz mais faltas. Os laranjas movimentaram-se tanto que deixaram os espanhóis tontos a ponto de quase tomarem mais gols.

O jogo estava decidido, mas o toque de crueldade veio quando Fernando Torres perdeu o gol debaixo da trave: demorou a chutar. Restava aos baianos pularem juntamente com os holandeses na arquibancada, e gritarem olé. A cara dos espanhóis, cartolas, jogadores e torcedores, mostravam o quanto estavam atônitos com o resultado.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.