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Rodrigo Mattos

Diante de confusões de torcidas, Fifa só deu uma multa de R$ 2,5 mil

rodrigomattos

26/06/2014 01h30

Não foram poucos os casos de comportamento condenável de torcedores em estádios na Copa-2014: brigas, invasões, fogos de artifício, acusações de racismo e homofobia. Mas o Comitê Disciplinar da Fifa só deu uma punição: uma multa de 1 mil francos suíços (R$ 2,5 mil) para o Chile pelo ataque ao Maracanã.

Em comparação, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) costuma ser bem mais duro por problemas com torcedores, incluindo fechamento de portões até por objetos atirados no campo.

Já houve alguns processos disciplinares, ou pelo menos investigações, em relação às torcidas no Mundial-2014. Afinal, as associações nacionais são responsáveis pelo comportamento de seus torcedores pelas regras da federação internacional.

Foi o caso da torcida do México pelos gritos de "putos" para o goleiro adversário, repetido pela torcida brasileira. Houve processo para verificar homofobia, mas a federação foi absolvida porque os gritos não foram considerados insultosos.

O comitê ainda averiguou supostos atos de racismo das torcidas alemã e russa, apontados por ONGs que monitoram esse tipo de manifestação. Havia germânicos com rostos pintados de preto em jogo contra Gana. A Fifa descartou uma punição. Um dos membros do comitê executivo da entidade, Jeffrey Webb deu entrevista à AP em que se mostrou descontente com atitudes brandas contra o racismo.

Enfim, houve a invasão de cerca de 100 chilenos no Maracanã. Esse processo gerou a multa em cima do Chile. Mas a federação foi inocentada por rojões atirados por seus fãs em jogo anterior – a Fifa alegou que não há informações claras sobre o espisódio. Em menor número, torcedores argentinos também invadiram o estádio carioca em jogo anterior, mas sequer foi feita investigação sobre o caso.

Também foram vistos episódios de copos atirados no gramado pela torcida brasileira, além de duas invasões de um torcedor argelino e outro em jogo da Alemanha. Brigas menores também ocorreram em jogos da Argentina. Até agora, nenhum desses episódios gerou punição.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.