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Rodrigo Mattos

Sem restrição, Fifa escala metade dos árbitros da Europa, e é criticada

rodrigomattos

30/06/2014 06h00

Desde a primeira rodada a arbitragem da Copa-2014 está sob pressão. Nas oitavas de final, os ataques passaram a ser de times latinos-americanos, Brasil e México, contra árbitros europeus. A Fifa escalou metade dos juízes desta fase do velho continente, contra quatro de outros lugares.

Isso foi possível porque, há dois anos, a entidade derrubou a restrição de não poder escalar árbitros do continente de um dos países no jogo. Assim, pôde botar dois juízes europeus em confrontos de times da América contra a Europa.

Ressalte-se que há menos árbitros europeus nestas oitavas do que no Mundial-2010. Então, eram seis deles. Mas isso porque os confrontos ajudaram: havia muitos jogos que só tinham times da Europa, ou apenas equipes de outros continentes.

Desta vez, o português Pedro Proença apitou Holanda e México. O pênalti marcado no final do jogo sobre Robben gerou severas críticas do técnico mexicano Miguel Herrera, que reclamou de ter um europeu como seu rival no jogo.

Também o técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari, criticou a atuação do inglês Howard Webb na partida contra o Chile: não gostou de ver anulado o gol de Hulk, em que ele botou o braço para dominar. Insinuou que há arbitragens contra o Brasil.

A Fifa descartou qualquer conspiração e afirmou confiar em seus juízes. Sem a restrição continental, haverá um outro árbitro europeu, Jonas Eriksson, da Suécia, em jogo entre Argentina e Suíça.

Fora isso, a comissão de arbitragem da federação internacional apostou em um argelino, um norte-americano, um australiano e um brasileiro. Na próxima fase, para as quartas de final, a comissão de arbitragem da Fifa vai definir quem apita os últimos jogos, e quem vai embora. Terá de tomar as decisões sob pressão.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.