Topo

Rodrigo Mattos

Felipão não aprende, usa antijogo e é ironizado por colorados

rodrigomattos

10/08/2014 17h58

Eram apenas 15min de jogo quando ocorreu a sexta falta do Grêmio, no clássico diante do Internacional. O rival colorado não tinha cometido nenhuma. Um retrato da proposta do técnico Luiz Felipe Scolari em sua estreia no time tricolor após o fracasso à frente da seleção brasileira na Copa-2014.

A derrocada do Brasil não parece ter ensinado nada ao treinador pentacampeão. Assim como o time nacional – exceção da goleada sofrida para a Alemanha -,  o Grêmio optava por travar o jogo sem tentar desenvolver passes no meio de campo. As jogadas de ataque eram raras em contra-ataques rápidos.

Deu certo no primeiro tempo. O Inter tem como característica a melhor qualidade de seu setor do meio, com D'Alessandro, Aranguiz e Alex, mais à frente. Só que não encontrou espaço para jogar diante da trava imposta por Walace, e Felipe Bastos. A única chance de gol foi do Grêmio, com Dudu em chute bizarro para fora.

Na volta do intervalo, Felipão tentou reforçar seu contra-ataque com a entrada de Fernandinho no lugar de Rodriguinho. Até funcionou em alguns lances como a arrancada dele para receber na cara do gol, em lance que o auxiliar marcou um impedimento de forma errada.

O Inter sempre teve mais bola, e apresentou, enfim, uma boa troca de passes no ataque no segundo tempo. Foi concluído com cruzamento perfeito de Fabrício para cabeçada de Aranguiz no gol. Aberta a porteira, Felipão botou o time mais para frente, com a entrada de Luan.

Seu time não parece preparado para atacar. E, por isso, se expôs ao contra-ataque que Claudio Winck concluiu com o gol para matar o Grêmio. A senha para a torcida colorada começar a gritar: "Fica Felipão". Não era o carinho pedido por Felipão. Mas também o que ele ofereceu no primeiro jogo no Grêmio foram as bordoadas de sempre.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.