Com recuo da Unimed, Flu multiplica por oito gasto com contratos de atletas
Com o recuo dos investimentos da Unimed, o Fluminense multiplicou por oito seus gastos e pendências com direitos de imagem com jogadores de futebol em um ano. É o que mostra uma análise dos balancetes do clube feita pelo blog. Esse crescimento das despesas é ainda maior se for levado em conta compromissos de longo prazo.
Os direitos de imagem constituem a maior parte dos salários de times de futebol por meio de contratos com empresas. No meio de 2014, o Fluminense tinha que pagar R$ 14,3 milhões nesse tipo de despesa até o final do ano. Esse número era de apenas R$ 1,757 milhão no meio de 2013.
Pelos documentos financeiros, não fica claro quanto desse valor é em direitos que iriam vencer, e quanto já representava dívida porque os prazos de pagamento já se esgotaram. Houve atrasos de pagamentos desse tipo de contrato durante o ano, embora o clube tenha dito que já foram sanados.
O blog pediu esclarecimentos sobre os números à assessoria do Fluminense que informou que não discutiria dados internos do clube. No domingo, o presidente tricolor, Peter Siemsen, deixou claro que já vem assumindo compromissos que antes eram quitados pela Unimed.
"Esse assunto já existe desde o ano passado. Não é novidade. O clube vem fazendo investimentos próprios também e esse time já tem uma mudança na relação (Unimed e Flu)", afirmou o dirigente, após o jogo com o Sport. "Quando você diminui um investimento, você acaba gastando menos e precisa ser mais preciso no que se investe. "
Neste cenário, espanta a escalada de gastos com esses contratos. Explica-se: clubes de futebol registram os direitos de imagem no passivo. Mas os valores não são necessariamente dívidas, e sim, compromissos que o clube tem de quitar durante o ano. Por isso, conforme os salários são pagos, o valor cai. Há variações de acordo com novas contratações.
Vamos aos números. Ao final de 2012, o Fluminense registrava no passivo que teria de pagar R$ 4,5 milhões em direitos de imagem aos jogadores até o final do ano de 2013 (curto prazo). Havia outros R$ 5,6 milhões a serem pagos a longo prazo, isto é, nos anos seguintes.
Ao final de 2013, o clube já registrava um aumento: R$ 8,2 milhões a serem quitados durante a temporada seguinte. E outros R$ 2,8 milhões para os outros anos.
Só que os balancetes de 2014 revelam uma explosão neste tipo de pendências. No primeiro trimestre, o Fluminense registrou que teria de pagar R$ 19,2 milhões em direitos de imagem a jogadores até o final do ano (curto prazo) e outros R$ 18,5 milhões em contratos de longo prazo.
Três meses depois, esses números tiveram uma redução para R$ 14,3 milhões até o final do ano, e R$ 4,7 milhões em acordos futuros. Isso significa que o Fluminense terá de pagar cerca de R$ 2,4 milhões por mês até o final de 2014, quando só tinha de bancar R$ 300 mil mensais no ano passado.
A folha salarial palmeirense representa o menor gasto com atletas. São despesas de cerca de R$ 30 milhões por ano com pessoal registradas no balanço.
Anteriormente, lembre-se, a Unimed bancava quase a totalidade dos direitos de imagem dos jogadores. Essa realidade acabou, e vai obrigar o clube a fazer cada vez mais adaptações.
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