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Rodrigo Mattos

Sem dar luxo, Corinthians aumentará número de Vips no Itaquerão

rodrigomattos

27/08/2014 06h00


Com o Itaquerão incompleto para oferecer grandes luxos, o Corinthians vai aumentar o número de ingressos Vips à venda em seus jogos ainda neste Brasileiro. O objetivo é abrir a área oeste superior, e testar o setor e o sistema de negociação do direito sobre lugares para 2015. Assim, o clube corre para turbinar suas rendas para pagar as dívidas do estádio.

Até por conta das altas despesas não há nenhuma previsão de rever os preços dos setores mais baratos apesar dos protestos de torcedores. A redução implantada no último jogo, restrita a alguns setores, representou uma queda de 18% no bilhete médio, mas é o limite corintiano.

Desde o início dos planos do clube, a intenção era que o prédio Oeste fosse responsável pela maior parte da renda do Itaquerão. Mas, com o estádio incompleto, o setor tem respondido por apenas 25% da renda total. Pior, os bilhetes Vips representaram ganho de apenas R$ 78 mil no último jogo, um percentual pequeno da arrecadação.

O problema é que terá de ser feita uma ampla reforma para a instalação dos restaurantes do setor, que terão serviços Vips aos clientes. Já existe um parceiro fechado. As áreas de estacionamento quase não oferecem vagas no momento, o que é requisito essencial para quem vai pagar alto pelos bilhetes. Outras áreas deste prédio também estão incompletas.

Explica-se: a previsão é de que a Odebrecht só acabe as obras para adaptar o estádio plenamente em janeiro de 2015. A cobertura, que ficou inacabada para a Copa, tem prazo para dezembro deste ano. Por enquanto, as reformas andam devagar, segundo pessoas envolvidas na arena, porque têm de parar quando há jogos.

Mesmo assim, o Corinthians vai vender pacotes Vips de três a cinco jogos para começar a testar o setor oeste. Os preços, que incluirão o bilhete e o direito ao lugar, vão levar em conta as limitações atuais do estádio. A partir de 2015, a ideia é colocar à venda o direito sobre o lugar – chamado PSL pelo modelo americano – que será negociado por entre três e cinco temporadas.

Ao comprar esse direito, o torcedor ainda terá de pagar ingresso quando quiser ir ao jogo, ou revender o direito a outra pessoa. Juntamente com o camarote, e os naming rights, essa é a principal aposta de renda corintiana. Os camarotes também devem ser negociados por preços altos, já existem alguns com donos.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.