Returno do Brasileiro tem Cruzeiro e elite pior do que zona da degola
Em menos de uma semana, o vice-líder Internacional tomou uma goleada da Chapecoense, e o ponteiro Cruzeiro levou três do Flamengo, zanzando pelo meio da tabela. O Brasileiro perdeu a lógica? Sim, perdeu. Um levantamento do blog mostra que o returno do Nacional teve uma verdadeira reviravolta no desempenho dos times até agora.
No segundo turno do campeonato, as cinco piores equipes ao final da primeira metade (Vitória, Palmeiras, Bahia, Coritiba e Criciúma) fizeram mais pontos do que os cinco primeiros até aquele momento (Cruzeiro, Internacional, São Paulo, Corinthians e Fluminense). O grupo de baixo somou até agora 69 pontos em nove rodadas, contra 66 das equipes de elite.
Equipes como Palmeiras e Vitória, que era lanterna ao final do turno, têm as segundas melhores campanhas desta metade do campeonato, com 16 pontos, superados apenas pelo Atlético-MG. O único que já estava na elite que tem desempenho similar é o Inter, com os mesmos 16 pontos.
Considerado pule de 10 até poucas rodadas, o Cruzeiro soma apenas 13 pontos no returno, menos do que a média dos cinco últimos ao final do turno que ficou em 13,8. Só não viu seus rivais se aproximarem mais porque o São Paulo e Corinthians igualaram sua mediocridade nesta metade do certame com a mesma pontuação. O Fluminense foi ainda pior, com 11.
Por isso, a diferença na liderança caiu apenas de sete para seis pontos. Mas é claro o momento de instabilidade cruzeirense com quatro derrotas em nove partidas, o dobro de todo o primeiro turno. Ressalte-se que nos últimos dois jogos sentiu muito a falta de Éverton Ribeiro, seu armador, mas o Atlético-MG também jogou sem Diego Tardelli e ganhou.
A falta de lógica no returno do campeonato tornou mais acirrada a briga por uma vaga na Libertadores com pelo menos oito times de fato envolvidos até o Fluminense. A disputa contra o rebaixamento envolve diretamente até o Palmeiras, que está quatro acima da degola. As distâncias de equipes como Sport, Flamengo e Goiás dos quatro últimos tornam improváveis suas quedas, embora não existam garantias.
Certo é que, embora ainda esteja dividido por faixas, o Brasileiro tornou-se um campeonato em que não se sabe o que esperar a cada rodada. Claro, o Cruzeiro ainda é favorito. Mas, em uma competição em que a reviravolta virou regra, fica difícil ter certeza de alguma coisa.
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