Topo

Rodrigo Mattos

Após semana polêmica, CBF atribui erros de árbitros à 'zona cinzenta'

rodrigomattos

16/11/2014 06h00

A arbitragem da CBF sofreu mais uma semana de críticas por conta de erros em dois jogos decisivos, Atlético-MG x Cruzeiro e São Paulo x Internacional. Questionado pelo blog sobre a atuação dos juízes, o presidente da comissão de arbitragem da entidade, Sérgio Corrêa, atribuiu falhas a lances que criam uma "zona cinzenta" em que é quase difícil decidir sempre com acerto.

Prejudicados, São Paulo e Cruzeiro informaram que entrariam com reclamações formais sobre os equívocos. Por isso Corrêa, não quis comentar especificamente sobre a atuação dos dois árbitros: Héber Roberto Lopes e Marcelo de Lima Henrique. Alegou que isso quebraria o "princípio institucional" já que a ouvidoria da CBF vai analisar os protestos.

Mas, por e-mail, Corrêa explicou ao blog a que atribui os problemas da arbitragem, e instruções da confederação aos juízes. Lembre-se que a CBF já sofrera uma onda de críticas neste Brasileiro-2014 pelos pênaltis marcados em bolas na mão em polêmica que envolveu a Fifa.

"Como você e nós bem sabemos, apesar de os árbitros deverem estar preparados para suas funções e de as dificuldades dos lances não poderem servir de justificativa para erros, não podemos, como humanos, deixar de considerar que alguns fatos se situam em zona cinzenta e que, com a velocidade do futebol, é quase impossível decidir com absoluto acerto alguns deles", explicou Corrêa.

Pelas explicações do diretor da CBF sobre orientações aos juízes, fica claro que a culpa em validar o gol irregular de Paulão, do Internacional, foi do árbitro Héber Roberto Lopes. O zagueiro completou para o gol livre após desvio de um companheiro de time.

"O árbitro fica encarregado de ver e informar ao assistente se, após o passe inicial, a bola foi ou não tocada por um  defensor ou por um atacante. Com tal informação, o assistente define se há ou não impedimento", analisou Corrêa.

No caso do gol impedido de Luan para o Galo não houve desvio, então, o erro é do auxiliar. Na final, ainda houve um pênalti em mão de Jemerson na área. Corrêa explicou, de novo, que esses lances devem ser marcados dependendo de diversos fatores: mão em direção à bola e bola em direção à mão, ações deliberadas do jogador em bloquear a bola, distância e velocidade da bola.

 

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.