Fifa antecipa fim de investidores em atletas para 2015 e afeta Brasil
Em reunião do seu comitê executivo, a Fifa marcou para 2015 o fim dos investidores em direitos de jogadores. A notícia é uma verdadeira bomba no mercado brasileiro que tem contado principalmente com empresários e fundos para contratar atletas, e esses já tinham reduzido o valor gasto por receio.
Pelo comunicado da federação internacional, a partir de maio do próximo ano estão proibidos novos contratos em que terceiros têm direitos sobre atletas. Mas já em janeiro os novos compromissos estão limitados ao período de um ano, regra que valerá até abril. Acordos assinados até 2014 ainda serão válidos até acabarem.
A medida é muito mais dura do que vinha sendo discutida no grupo de estudo da Fifa sobre o assunto, segundo apurou o blog. A intenção inicial era fazer uma transição que poderia durar até quatro anos. Essa era a reivindicação dos clubes sul-americanos, enquanto federações europeias tentavam acelerar o processo.
Mais, os investidores em jogadores no Brasil já estavam receosos de colocar dinheiro à espera da regulamentação da entidade. Agora, devem tirar o pé de vez de botar recursos em negociações, ou fazer contratações com rapidez no máximo até o final do ano.
Para se ter ideia, boa parte das contratações até agora como Lucas Pratto, pelo Atlético-MG, e Thiago Mendes, pelo São Paulo, contaram com investidores. Logo depois do anúncio da Fifa se tornar público no Brasil, pelo menos uma transação importante de clube nacional que contava com investidor ficou ameaçada.
Para especialistas ouvidos pelo blog, na prática, a participação de terceiros em direitos de jogadores acaba no final do ano. Nenhum fundo investidor vai querer botar dinheiro em um contrato de um ano sendo que não há garantia da venda do atleta. A única possibilidade é que os empresários corram para fechar negócios até o final do ano, última chance de ter um acordo longo.
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