Aidar ganha aval do Conselho para renegociar e esticar dívida do São Paulo
O Conselho Deliberativo deu um aval para o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, renegociar e alongar a dívida do clube ao lhe dar autonomia para conversar com bancos. A medida não foi aprovada por unanimidade diante do clima de animosidade. O débito bancário – estimado em R$ 160 milhões – é o principal motivo de discórdia na cúpula são-paulina e não tem uma solução concreta.
Pelo estatuto do São Paulo, a diretoria não pode realizar transações com bancos acima de um valor em torno de R$ 900 mil e nem negociações que extrapolem a gestão sem autorização do Conselho. Com a o aval, a tendência é a diretoria renovar contratos de empréstimos com bancos com prazos mais alongados para pagamentos em mais anos.
A maioria votou a favor da autorização, mas em torno de 15 conselheiros se levantaram em um bloco para se opor. Houve até discussão sobre se aqueles que estavam contra tinham que declarar seu nome. Isso tudo fruto da tensão de mais uma reunião em que o antecessor Juvenal Juvêncio criticou Aidar.
"É uma autorização que tem de ser renovada a cada gestão porque os bancos exigem. É normal. Agora, a diretoria pode tomar todas as decisões necessárias", contou o presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
O vice de Administração e Finanças são-paulino, Oswaldo Vieira de Abreu, explicou que até agora a diretoria vinha apenas pagando as parcelas da dívida. Os altos juros são o maior motivo para ataques de Aidar ao seu antecessor Juvenal Juvêncio.
"O que agente precisa é de uma operação grande em que se possa incluir toda a dívida como um patrocínio que possamos receber de uma vez e pagar", contou Vieira de Abreu. "Não adianta só ficar pagando. Temos que mudar o perfil da dívida."
Uma das soluções estudada era um fundo para incluir ativos do clube como bilheteria e patrocínio para obter os recursos para pagar dívidas. Só que o clube tem analisado esse formato com muita cautela por conta de resistências no conselho. Uma medida desse tipo precisaria de mais uma aprovação dos conselheiros.
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