Precisão do Corinthians pune os erros de Muricy
O primeiro Corinthians e São Paulo na Libertadores começou a ser decidido no ano passado quando o time do Morumbi liberou Jádson para jogar pelo rival alvinegro em troca de Pato. Ao lado de Elias – o melhor em campo -, ele foi peça-chave para impôr a derrota aos são-paulinos. Mais decisivos, no entanto, foram os erros de estratégia cometidos pelo técnico Muricy Ramalho no Itaquerão.
Do lado corintiano, o treinador Tite sabe o que se pode esperar de seu time. Há limitações, mas há virtudes. Sua equipe sabe exatamente o que tem de fazer quando começa o jogo. A ordem é pressionar.
A blitz quase rendeu um gol antes dos 5min – não saiu pelo chute por cima de Fábio Santos. Mas veio depois na belíssima jogada de Elias, com contribuições decisivas de Jádson e Danilo. O meia lançou alto para o volante – ou armador? – chutar de primeira e abrir o placar. Criticado em 2014 pela torcida, ele parece mordido neste ano e determinado a se reerguer: faz seu terceiro gol em três gols.
Como de hábito, o Corintihans recuou. O São Paulo tinha a bola, e tinha os jogadores capazes de fazê-la girar no meio de campo. Não tinha nenhuma ideia, no entanto, de qual estratégia adotar para bater o rival. Michel Bastos deslocado na lateral-esquerda perdia seu potencial, Maicon, Souza e Ganso não se achavam, afastados, mal posicionados. Assim o time alvinegro cozinhou o jogo.
Muricy, que errara na escalação, não viu problema no intervalo. Manteve o time inalterado, e sem ideias, Alan Kardec e Luis Fabiano mal apareciam em campo. Quando saiu o primeiro atacante, para avançar Michel Bastos, o time teve muitos jogadores de meio, e continuou pouco agressivo. Atrás, tinha um Dória fora de ritmo (foi um erro escalá-lo) que abria espaços.
O segundo gol corintiano saiu em nova falha, desta vez, do árbitro Ricardo Marques Ribeiro. Emerson cometeu falta clara ao empurrar Bruno para abrir o contra-ataque. Entregou a bola para Jádson que driblou para fechar o jogo e deixar escancarados os erros do treinador são-paulino, assim como os acertos de Tite que fez questão de mantê-lo no time quando era desejado por outros times.
Claro, esse é o cenário deste momento da temporada. Sem Guerrero, o Corinthians tem limitações, mas joga o máximo que pode dentro delas. O São Paulo joga bem abaixo do seu potencial. Por isso o placar final.
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