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Rodrigo Mattos

Cruzeiro agora poderá testar sua força sem trapalhadas da federação

rodrigomattos

21/04/2015 22h28

Não foi uma primeira fase brilhante do bicampeão brasileiro Cruzeiro apesar da liderança no grupo 3 da Libertadores. Os adversários eram fracos e mesmo assim a vaga só veio na vitória sobre Universitário de Sucre, na última rodada. Há atenuantes: a formação de um novo time e as trapalhadas da federação mineira o prejudicaram, impondo uma maratona aos cruzeirenses.

Por isso, será agora nos mata-matas que a face verdadeira da equipe celeste poderá ser conhecida. Uma cara, diga-se, que depende muito do que poderão fazer os jovens jogadores cruzeirenses, como Arrascaeta e Mayke, além de outros experientes como Damião e Willian.

A desmontagem da base composta por Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Lucas Silva no meio de campo é a principal responsável pela inconstância atual do time mineiro. É por isso que a equipe acabou com apenas 11 pontos em um grupo em que não tinha nenhum adversário de peso.

No jogo da classificação, mais uma vez, não foi possível ver o rolo compressor típico do Cruzeiro na temporada 2014. Mesmo com o início lento, o Cruzeiro chegou ao gol quando Mayke acertou o cruzamento para William arrematar e fazer o gol.

A partir daí, o Universitario de Sucre já não tinha o que fazer em campo. Quando saiu o gol de Léo, de cabeça, o resultado estava decidido e restava ao Cruzeiro tocar a bola de lado e encontrar alternativas para as próximas fases. Um Gabriel Xavier insinuante até animou a torcida, mas não se poderia cobrar muito mais de um time que jogara domingo.

Eliminado do Estadual, e com mais tempo para treinar, o time celeste não terá mais de ser submetido a jogos criminosos com menos de 60 horas de intervalo. Será a partir de agora que poderemos saber se este grupo de talentos do Cruzeiro ficará pronto para essa Libertadores, ou para o futuro.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.