Palmeiras prevê estádio só com sócios-torcedores. Eles já ocupam 70%
Ricardo Nogueira/Folhapress
Nos jogos decisivos do Paulista, o Allianz Parque já teve público 70% composto por sócios-torcedores do Palmeiras. Com o crescimento do programa Avanti, a diretoria do clube já projeta que no futuro o estádio seja totalmente ocupado por membros do programa, e vê isso como um fator positivo. Hoje, o time estreia no Brasileiro em sua casa diante do Atlético-MG.
Vamos aos dados. Na decisão contra o Santos, 27 mil dos 39 mil torcedores eram de sócios-torcedores, o que significa um percentual de 70%. A semifinal teve uma ocupação de 68%. Em jogos da primeira fase, esse percentual girava em torno de 60%.
"O objetivo é ter o maior índice de ocupação possível de Avanti. O programa levanta dinheiro que forma ídolos e gera títulos, o que é a meta final de um clube. Isso será possível com o aumento consistente da plataforma. A médio prazo todo o estádio pode estar ocupado por sócio-torcedor como ocorre no Barcelona, por exemplo", contou o diretor de marketing do Palmeiras, Luciano Kleiman.
No momento, o Avanti tem 120 mil membros, o que significa o triplo da capacidade do Allianz Parque. Esse número é quase integralmente de sócios em dia, já que o clube faz exclusão do cadastro após 90 dias sem pagar. E, como os associados têm prioridade na compra de ingressos, parece um cenário possível a ocupação completa (ou quase) em um jogo decisivo de alta procura.
Assim, torcedores sem a fidelidade podem ter bastante dificuldade de comprar bilhetes já que o Palmeiras não pretende fazer restrição no número de entradas adquiridas pelos associados. Para Kleiman, essa não é uma preocupação visto que o programa deve ser a segunda fonte de renda do clube, junto com o patrocínio. São R$ 25 milhões líquidos por ano.
"O Avanti não está direcionado só a quem tem poder aquisitivo já que temos uma faixa de preço bem econômica. É bom para o torcedor que tem vantagens e para nós. Hoje já equivale a um patrocínio master", analisou Kleiman.
Houve um aumento recente nos preços do Avanti. O pacote mais barato foi reajustado em 30%. O clube alega que não mexia nos preços do programa há 3 anos, e que o novo estádio criou a necessidade de adaptação.
Mais uma vez, o objetivo é alavancar rendas. Em 2014, o Palmeiras teve uma receita com marketing baixa em torno de R$ 17 milhões. Haverá um aumento significativo neste ano, mas o clube ainda não tem uma estimativa de qual o número final. Certo é que, cada vez mais, a aposta é no casamento entre o estádio e o sócio-torcedor.
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