Governo e prefeitura batem cabeça e atrasam legado do Parque Olímpico
Rodrigo Mattos/UOL
Com Vinicius Konchinski
O destino do Parque Olímpico após o Rio-2016 tornou-se um imbróglio difícil de ser resolvido entre o Ministério do Esporte, a prefeitura do Rio e o COB (Comitê Olímpico Brasileiro). O governo federal adiou para o segundo semestre a definição de um plano para o local ao mesmo tempo em que é cobrado pelo prefeito carioca, Eduardo Paes, e pelo Tribunal de Contas da União.
O novelo tem como origem o fato de o local ser de propriedade do município do Rio, mas contar com verbas federais. Então, há uma dúvida sobre quem o administraria após os Jogos. Teoricamente, é o Ministério do Esporte quem deve tomar à frente do processo.
Nesta semana, após reunião com o COI, o ministro do Esporte, George Hilton, reafirmou que cuidará da questão. No Ministério, a informação é de que o legado do Parque está em discussão com o COB e com confederações. Só que o plano tem previsão de ser fechado em agosto.
O prefeito Eduardo Paes cobrou uma solução mais rápida: afirmou que o projeto para o Parque e para o Complexo de Deodoro tem que sair ainda neste semestre. Caso contrário, ele admite traçar o seu próprio plano de legado. Mais do que isso, afirmou que, se quiser ficar com as arenas, o governo federal terá de pagar.
A questão é que a própria prefeitura já recebeu membros do COB, em fevereiro, que apresentaram ideias para uso posterior do parque. A informação foi dada pelo superintendente do comitê, Marcus Vinícius Freire. Quando questionada sobre esse encontro, a Empresa Olímpica informou que a prefeitura não tinha nada a ver com a administração posterior do local, que seria do Ministério.
Fica claro que esse desencontro de informações tem causado atraso no planejamento. O TCU tinha pedido a instalação de um grupo para definir o legado olímpico desde o final de 2013. Em outubro de 2014, constatou atrasos e cobrou um projeto para o Parque Olímpico até fevereiro de 2015.
Nada aconteceu, e o tribunal estendeu o prazo para o governo federal. Agora, a expectativa é de que apenas a um anos dos Jogos que se tenha uma luz sobre o que será do futuro do Parque Olímpico.
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