Será que Guerrero vale os milhões que pede?
Não há dúvidas de que Paolo Guerrero é um jogador de nível técnico acima da média do atual futebol brasileiro, e um ídolo da torcida do Corinthians. Mas será que, independentemente da crise financeira do clube, ele vale os US$ 7 milhões (ou US$ 5 milhões) de luvas que pediu para atuar no time paulista, ou em outras equipes?
Seria fácil dizer que não se a análise fosse apenas em cima do jogo corintiano diante do Fluminense. O peruano perdeu um gol livre, sem que Diego Cavalieri estivesse debaixado das traves: chutou para fora. Na saída de campo, justificou que o gramado estava ruim e por isso a bola pegou em sua caneleira. Ainda que seja verdade, um craque teria corrigido o problema tal sua liberdade.
É injusto, porém, tirar uma conclusão por apenas uma tarde infeliz até porque foi a única bola que recebeu no jogo. Ao se estender a análise a toda a carreira dele no clube, fica claro que Guerrero não é um atacante de muito gols: a média é de 0,41 por jogo. Está muito abaixo de atacantes de primeiro nível como Romário e Ronaldo, que eram os mais bem pagos no país em outras épocas.
Os gols não são sua única contribuição. Sabe fazer um bom trabalho de pivô, e sair da área para jogar, o que ajuda muito o andamento das jogadas para seu time.
Não parece ser o suficiente, no entanto, para justificar os milhões pedidos e a disputa acirrada por sua contratações que se desenrola depois que o Corintihans ficou sem dinheiro para bancá-lo. A supervalorização de Guerrero tem uma relação direta com a penúria técnica que vive o futebol nacional: basta ver a qualidade técnica do jogo do Maracanã, quase sem chances de gol.
Estava em campo o vice líder do Brasileiro, que fez dois gols no campeonato até agora. Na tribuna do estádio, Rivellino bocejava após ser homenageado. Quanto valeria Rivellino no atual futebol brasileiro?
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