Em proposta final, clubes rejeitam maior parte da MP do Futebol
Em nova reunião na CBF, os clubes da Série A fecharam uma proposta de legislação ao Congresso que rejeita a maior parte dos pontos da MP do Futebol para refinanciar dívidas fiscais. São aceitas apenas algumas contrapartidas previstas no texto, e de forma mais amenas. As sugestões devem ser encaminhadas hoje ao Congresso, que discute a matéria em audiência.
Ficou nas mãos dos clubes defender suas ideias, já que a CBF informou ser assunto deles. O tom continua de agressividade em relação ao governo. O Ministério do Esporte também rejeita grandes alterações no texto da MP. Assim, segue o impasse que pode tornar inviável o projeto.
"Paciência (se o projeto não for viável). Não sei se para os clubes é pior ter um financiamento com essas regras, ou ficar sem. Dentro dessa situação pode ser um problema maior os clubes aderirem", contou o presidente do Vasco, Eurico Miranda. "Se dá o financiamento, é para pagar. No Proer não tinha intervenção."
Em relação à exigência de certidão de pagamentos de dívidas fiscais e trabalhistas, os clubes dizem que só aceitam responder pelos débitos referentes às gestões vigentes dos dirigentes, não os do passado. Assim, os cartolas não querem que seja obrigatória a CND, que inclui todas as dívidas fiscais. Só teriam de comprovar quitação de débitos (fiscais e trabalhistas) do ano anterior para se inscrever no Brasileiro.
Medidas como limitação de mandatos, investimento em futebol feminino, e aumento de colégio eleitoral da CBF são rechaçadas. "Chance zero", afirmou o diretor jurídico do Atlético-MG. Lázaro Cunha, que repetiu a frase para alguns itens.
Os clubes até aceitam o controle de suas contas desde que as regras sejam flexibilizadas. Defendem que o a obrigação do déficit zero fosse feito em um prazo mais longo, e seja mais amena. E a limitação de gastos do futebol com receitas seria de 90%, e não 70%.
Mais uma reivindicação, é que os clubes tenham condição melhor para pagamento do que as propostas pelo governo. A ideia seria aumentar o prazo em que a parcela de pagamento é reduzida. "A primeira contrapartida é o pagamento das dívidas", afirmou o consultor do grupo de clubes, Alvaro Melo Filho, que foi contratado pela CBF.
Há clubes que aceitariam algumas medidas da MP, e até gostariam de outros pontos para incentivar a melhoria de gestão. Mas são minoritários. Longe do consenso, a maioria é contra a maior parte da MP do Futebol.
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