Corinthians tem caminho difícil para cobrar Conmebol por Amarilla
Não será fácil para o Corinthians buscar qualquer medida concreta de cobrança contra a Conmebol pela suspeita de que foi prejudicado intencionalmente pelo árbitro Carlos Amarilla na Libertadores. A avaliação é de membros do tribunal e do próprio clube, que ainda não decidiu o que fazer.
Em escutas reveladas pela imprensa argentina, o ex-presidente da AFA (Associação Argentina de Futebol) Júlio Grondona indicou ter influenciado para a escalação do árbitro paraguaio no jogo Corinthians x Boca, em 2013, pelas oitavas da Libertadores. E seu interlocutor Abel Gnecco, da comissão de arbitragem da Conmebol, dá a entender que houve intuito de favorecer o time argentino. Houve vários erros crassos contra o time brasileiro.
Como a reversão do resultado é impossível, o Corinthians poderia cobrar punição ou um ressarcimento da Conmebol. O problema é que é inviável entrar com uma ação contra a entidade no tribunal disciplinar da entidade. Apenas diretores, árbitros, jogadores, clubes e associações nacionais estão submetidas ao código.
O presidente do tribunal, Caio Rocha, confirmou que não há como acionar a Conmebol nesta corte – no Brasil, a CBF pode ser processada no STJD. Assim, no âmbito esportivo, restaria ir à Fifa. Mas nem juristas têm claro qual seria a instância, visto que o CAS (tribunal esportivo) não poderá ser acionado.
Dentro do Corinthians, a análise é de que o único caminho seria pedir um ressarcimento financeiro por meio de ação na Justiça comum do Paraguai, sede da confederação sul-americana. A questão é que, para ter sucesso, o clube teria de provar que houve má intenção e armação de Amarilla, o que não está claro na escuta já que ele não participa do diálogo.
Corintianos entendem ser bem provável que o árbitro os tenha prejudicado de propósito. Mas, sob o ponto de vista jurídico, é difícil provar com os elementos atuais.
Restaria ao clube paulista então, além pedir punição dos supostos responsáveis como Amarilla e Gnecco, uma medida política. Ou seja, entrar como uma representação na Conmebol para exigir esclarecimento do caso e com isso evitar casos futuros. Só que, sem o apoio da CBF, essa atitude perde a força e o presidente da confederação Marco Polo Del Nero está em uma posição de enfraquecimento para apoiar de fato o clube brasileiro.
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