Por que a CBF libera protesto de árbitros e reprime o dos jogadores?
No final de 2013, jogadores ligados ao Bom Senso fizeram protestos contra a CBF antes e depois dos jogos do Brasileiro por mudanças nos calendários. A confederação, de pronto, orientou seus árbitros a dar cartões em caso de braços cruzados. Posteriormente, instituiu uma regra para proibir manifestações sem aprovação.
Na rodada desta quarta-feira do Nacional, árbitros fizeram um protesto contra o governo federal pelo veto da presidente Dilma Rousseff ao repasse de direito de arena (uso de suas imagens na TV) para juízes. Isso seria instituído na Lei do Profut. A manifestação já era prevista, mas não foi reprimida.
O regulamento geral de competição da confederação, após modificação feita no final do ano passado, instituiu uma regra ditatorial pela qual qualquer manifestação tinha que ser pré-aprovada pela entidade. É preciso uma solicitação formal para a confederação para poder usar cartazes, ou realizar qualquer tipo de protesto.
Os juízes usaram placares de substituição para indicar o percentual que ganhariam de direito de arena (0,5) caso a lei não fosse vetada. Isso ocorreu antes dos jogos. Ao ouvir sobre greve, o presidente da comissão de arbitragem, Sério Corrêa, se mostrou favorável ao pleito, mas pediu cabeça fria.
Ou os juízes pediram e obtiveram a aprovação da CBF ao protesto, ou fizeram à revelia e deveriam ser punidos. Seria um absurdo anti-democrático, mas é a regra imposta aos inimigos da confederação. De qualquer jeito, a entidade parece ter feito vista grossa.
Não à toa. A entidade já deixou clara sua oposição à Lei Profut, principalmente a artigos que impõem regras a sua eleição. Para a confederação, é ótimo que existam protestos contra a lei sancionada por Dilma.
Por isso vimos essa ironia de ver árbitros protestarem depois de reprimirem manifestações de jogadores do Bom Senso. No campo do Brasileiro, criticar o governo pode, a CBF, não. Será que a confederação vai liberar um protesto contra o péssimo nível de arbitragens?
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