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Rodrigo Mattos

Quase na Libertadores, Grêmio tem buraco nas finanças em 2015

rodrigomattos

22/11/2015 10h00

Terceiro colocado no Brasileiro, e quase classificado à Libertadores, o Grêmio sofre com um desequilíbrio financeiro que deixa um buraco nos cofres do clube em 2015. A verdade é que o clube gastou mais do que tinha para atingir os resultados na temporada. A diretoria diz que está próxima de acertar as contas tricolores.

Até setembro de 2015, o Grêmio teve uma despesa de R$ 176,4 milhões com o futebol, diante de uma receita de R$ 164,4 milhões. Gastos com pessoal no futebol, contratações e indenizações ultrapassaram o previsto no orçamento. Somados à dívida anterior, e a outros fatores contábeis, o déficit chega a R$ 63,7 milhões.

"São duas situações. Uma é a questão residual (da gestão passada) que estamos resolvendo durante o ano. Não conseguimos eliminar isso de uma hora para a outra. Mas, a partir de agosto e setembro, já estamos operando em superávit", afirmou o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr.

Ele cita, por exemplo, os processos de rescisão de jogadores como Kléber, e dos técnicos Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari. Sendo que o último foi demitido justamente para a chegada de Roger Machado, que impulsionou a campanha gremista. Só em indenizações o clube gastou R$ 16,8 milhões, o quádruplo do previsto no orçamento.

"Agora nossa folha é de R$ 5,2 milhões, bem mais baixa do que anteriormente. É um processo ano a ano", contou Bolzan. Contando o ano inteiro, o clube também gastou mais do que previsto em salários. "Não podíamos perder nossa capacidade competitiva. Fizemos um esforço danado para isso."

Bolzan vê com otimismo o futuro das finanças gremistas. Lembrou que a adesão ao Profut deve reduzir em  R$ 41 milhões a dívida, e que o clube já conseguiu tornar positivo o seu Ebitida (índice que avalia o lucro antes de impostos, serviços da dívida e amortizações). Com a folha já reduzida, espera estancar o aumento do débito gremista, uma tônica na gestão Fabio Koff.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.