CPI tem parte das investigação travada por ação da bancada da bola
A CPI do Futebol conseguiu avançar com as quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônicos de ex-dirigentes e cartolas da CBF. Mas há diversas investigações que podem complicar o presidente Marco Polo Del Nero travadas na comissão pela resistência de senadores ligados à bancada da bola. Além disso, o presidente da CPI, Romário, está envolvido em polêmica em torno de suposta conta sua na Suíça, o que pode afetar sua imagem.
Nesta terça-feira, a comissão quebrou sigilos graças a acordo feito por Romário e aliados com senadores do PMDB que têm defendido cartolas. Ele negociou para conseguir esses dados. Uma demonstração foi quando Ciro Nogueira (PP-PI), aliado da CBF, entrou na sessão. Ficou em dúvida em como votaria até que o relator Romero Jucá (PMDB-RR) lhe informou que havia acordo. Votou a favor das quebras.
Em troca, a CPI teve que deixar de fora pedidos de quebras de sigilo da Klefer, de Kleber Leite, e de pessoas e empresas envolvidas na compra da sede e de outras operações da CBF. Essas informações são importantes para dar seguimento a pistas levantadas pela comissão nas quebras de sigilo de Del Nero. Mas os senadores ligados à confederação deixaram claro que não as aprovariam.
Representantes da CBF presentes não ficaram muito satisfeitos com o resultado mesmo assim. Esperavam que a reunião nem tivesse quórum para votar os pedidos.
Além da bancada da bola, Romário enfrenta questionamento a sua palavra. Primeiro, a Veja divulgou que ele tinha uma conta na Suíça no banco BSI com US$ 7 milhões. O senador foi ao país, e conseguiu um documento do banco que mostrava que não havia o dinheiro. Recebeu pedido de desculpas da revista.
Depois, diálogo interceptado do senador Delcídio do Amaral insinuou que, sim, haveria a conta. Romário só admite que tinha dinheiro no BSI na época em que era jogador. Nega que tivesse valores em 2015 no banco como afirmou a revista.
Para provar seu ponto, Romário aposta em pedido à Procuradoria Geral da República para obter um documento suíço que reafirme que não tem conta no BSI. A procuradoria da Suíça, até agora, diz que não quer apurar o caso porque não há crime no país, disse o "Estadão".
Se conseguir se livrar a suspeita sobre a Romário, a CPI tem mais seis meses a partir de janeiro para fechar as pontas da investigação que a CBF tenta barrar. Em caso contrário, sua imagem será afetada e seus inimigos na comissão terão armas para sabotar o trabalho de investigação.
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