Processo na Fifa demora e Del Nero dá as cartas na CBF
No final de novembro, o Comitê de Ética da Fifa instaurou investigação contra o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. Mas o processo se alonga e demora mais do que inquéritos contra cartolas como Joseph Blatter e Michel Platini. Resultado: o dirigente manobra e mantém o poder na confederação.
Não houve nenhum pedido de suspensão contra Del Nero no comitê por enquanto. Isso porque até agora não se entendeu que havia elementos para estabelecer uma punição provisória ao cartola.
Explica-se: o processo iniciou-se com documentos da CPI do Futebol enviados pelo senador Romário. Depois, Del Nero foi indiciado pelo FBI acusado de levar propinas em contratos da CBF.
Só que, pelo que o blog apurou, a polícia norte-americana não aceitou enviar os documentos sobre a acusação contra o cartola brasileiro para o comitê da Fifa. Assim, o processo tornou-se bem mais lento do que o visto com Blatter, Platini e Jérôme Valcke que foram suspensos poucos dias após serem denunciados no Comitê de Ética. As denúncias contra eles eram por casos investigados na Suíça.
Como consequência, Del Nero se licenciou no início de dezembro alegando que iria se defender, deixando o vice Marcus Vicente em seu lugar. Mas continuou operando na entidade já que a licença não o impede de frequentar a sede, apenas de assinar documentos.
Assim, neste período, manobrou em eleição para o Coronel Nunes se tornar seu sucessor. Tirou Vicente do cargo nesta terça-feira por desavenças, e voltou à presidência. Há a possibilidade de entrar em nova licença e empossar o Coronel Nunes ainda nesta terça-feira, ou nos próximos dias.
Na CBF, dirigentes dizem que só Del Nero sabe o que fará. Suas decisões têm sido tomadas isoladamente de outros dirigentes. Presidente por um mês, Marcus Vicente tirou férias e se afastou, o mesmo ocorrendo com Delfim Peixoto. Sobraram como vices o Coronel Nunes e Gustavo Feijó, do Nordeste, que também estava brigado com Del Nero até pouco tempo.
Independentemente de Nunes assumir ou não, certo é que o presidente da CBF continuará a dar as cartas na entidade enquanto não sofrer uma sanção do Comitê de Ética da Fifa. Afinal, o processo norte-americano só lhe incomodará se ele for para os EUA se defender, e não há sinal de que isso vá acontecer apesar das promessas de seu advogado.
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