Globo não muda Pay-per-view, e Fla e Corinthians terão mais dinheiro
Na briga pela disputa dos direitos do Brasileiro-2019, a Globo mudou a postura e aceitou uma divisão mais igualitária de cotas de televisão para TV Aberta e TV Fechada para novos contratos. Mas não houve nenhuma alteração nas propostas para o pay-per-view que continuará a ser distribuído por pesquisa de audiência, o que dá significativa vantagem a Flamengo e Corinthians. A maior beneficiada, no entanto, é a própria a Globo que fica com o grosso do dinheiro.
Com o novo contrato a partir de 2016, o Pay-Per-View distribuirá 38% do valor arrecadado aos times, sendo que o restante fica com a emissora carioca. A cota mínima para todos os clubes é R$ 500 milhões que, em geral, fica próximo dos 38%. A distribuição desse montante é por meio de pesquisa Ibope e Datafolha.
Nos últimos anos, o Flamengo tem ficado com um percentual em torno de 16%, e o Corinthians com 13% da parte dos clubes. Ou seja, juntos, abocanham cerca de 30%, o que representaria R$ 150 milhões. Assim, só o Fla teria direito a quase R$ 80 milhões.
O clube rubro-negro já arrecada mais com pay-per-view do que com o contrato de televisão aberta, como pode se verificar nos balancetes de 2015. Por isso, dirigentes do time carioca não estão tão preocupados com a nova divisão de cotas na Aberta e Fechada. Segundo eles, o contrato de TV Aberta já tinha uma diferença menor do Flamengo para os outros clubes.
O fato de a Globo ficar com a maior parte do ppv e de o restante ser distribuído com grande diferença levou o Atlético-PR a oficializar acordo com o Esporte Interativo. "Não concordamos com esse percentual de 62% para a Globo e 38% para os clubes. E, além disso, a Globo não estendeu as condições de 40% (igual), 30% (premiação) e 30% (audiência) para o pay-per-view. Um clube pode ganhar mais que outro, mas não com essa disparidade", explicou o presidente do Conselho do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia.
Uma posição parecida foi adotada pelo Bahia cujo Conselho Deliberativo também aprovou a proposta do Esporte Interativo a partir de 2019. A Globo chegou a igualar a proposta de televisão fechada em relação à Turner, mas o clube não viu evolução na Aberta, nem no pay-per-view.
"O sistema é equivocado. O dinheiro é distribuído através de uma pesquisa cuja metodologia a maioria dos clubes não concorda. Há discordâncias, mas a maioria acha que tem de mudar. E o percentual dos clubes deveria ser ampliado. Isso ajudaria a mudar uma distorção de que um clube ganha R$ 75 milhões, e outro R$ 6 milhões", contou o presidente do Bahia, Marcelo Sant'ana.
Tanto o Atlético-PR quando o Bahia, no entanto, aceitarão negociar com a Globo contratos de TV Aberta e pay-per-view do Brasileiro no futuro.
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