Excesso de jogos com Primeira Liga exige ajuste no calendário 2017
A disputa da Primeira Liga representou um avanço político para os clubes, mas ao mesmo tempo significa um desgaste extra para seus times. Um levantamento do blog mostra que até agora as seis equipes grandes incluídas na competição disputaram 13% a mais partidas do que os outros seis clubes. Fica clara a necessidade de ajuste para 2017 com redução de Estaduais para acomodar o novo torneio.
Até agora, o Grêmio foi o time que mais jogou entre os 12 maiores do país com um total de 16 confrontos, 10 pelo Gauchão, quatro pela Libertadores, e três pela Primeira Liga (o clássico contra o Inter contou pela Primeira Liga e Gauchão). O Cruzeiro foi o que menos jogou: 11 vezes. Em média, cada time da Primeira Liga atuou 14,3 partidas.
Durante a competição, vários times como Grêmio, Flamengo, Atlético-MG e Fluminense optaram por se utilizar de reservas na Primeira Liga. Ao mesmo tempo que isso minimiza o desgaste, tira o prestígio da competição e dificulta a sua comercialização.
Entre as equipes grandes fora da Primeira Liga, a média de jogos ficou em 12,7 partidas. Lembre-se que há três paulistas na Libertadores. Por isso, São Paulo e Corinthians aparecem como os times que mais jogaram com 15 partidas cada um. Mas equipes como Botafogo e Vasco, que ainda não estrearam na Copa do Brasil, têm só 10 partidas.
Feitas as contas, está claro que os clubes da Primeira Liga têm de exigir da CBF uma redução dos Estaduais para 2017. Há a intenção de discutir esse tópico entre em reunião entre as partes, mas isso tem sido constantemente adiado.
Se não houver diminuição de datas dos regionais, isso pode afetar a pré-temporada ou encavalar jogos novamente. Assim, esses times podem se ver obrigados a escalar reservas ou a ter um desgaste excessivo antes do Brasileiro. Para cada data que entrar da Primeira Liga, deve sair uma de Estadual.
A Primeira Liga já se provou mais atrativa para o público do que os Estaduais. Pela lógica de mercado e do torcedor, deve tomar espaço deles na próxima temporada. Resta saber se CBF vai seguir a lógica ou interesses políticos.
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