CPI do Futebol usará queda de Jucá para pressionar por relatório contra CBF
Membros da CPI do Futebol do senador Romário (PSB-RJ) avaliam que a queda de Romero Jucá do ministério do Planejamento poderá ser usada para pressionar para reviver as investigações em torno da CBF. Foi justamente Jucá, como senador e relator da comissão, quem praticamente a enterrou ao fazer um relatório sem nenhuma acusação contra dirigentes da confederação: só fazia propostas ao futebol.
Os senadores Romário e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pretendem pressionar o presidente do Senado, Renan Calheiros, para recuar da decisão de anular depoimentos de Marco Polo Del Nero e outros dirigentes na CPI. A estratégia estudada é questionar Calheiros se ele está junto com Jucá na empreitada de engavetar a comissão sem acusações contra a CBF.
A partir daí, a segunda ideia seria aprovar um relatório alternativo ao de Jucá na comissão. Esse documento já está sendo elaborado com os dados apurados pela CPI. Entre eles, estão indícios de que a CBF fez caixa dois em campanha eleitoral, atuou para interferir no STJD, e relações de negócios suspeitos de seus dirigentes com parceiros da entidade como Wagner Abrahão, dono do Grupo Águia. As movimentações financeiros de Del Nero são outro dado relevante.
O problema do relatório alternativo é que a comissão tem maioria de senadores ligados a Jucá. Assim, se houver uma votação, certamente o grupo de Romário perderá e só poderá encaminhar o seu documento informalmente ao Ministério Público Federal. Com a queda de Jucá, a avaliação é de que há uma chance de reverter isso com pressão de opinião pública. A diretoria da CBF ficou satisfeita com o relatório de Jucá que considerou "consistente".
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