CBF estuda mudar seu código de ética para excluir veto a filho de Tite
A CBF estuda mudar o texto final de seu código de ética por conta de um conflito em relação à contratação do filho de Tite, Matheus Bachi, para a comissão técnica da seleção. Isso porque o documento, aprovado por grupo de reformas da entidade, veta que funcionários contratem parentes, o que se estende para o departamento de futebol. Estas regras ainda serão validadas em breve pela confederação.
Foi o blog de Gabriela Moreira, na Espn, que publicou que a proposta do código vetava que funcionários da entidade contratassem parentes. Fontes que tiveram acesso ao texto final confirmaram que essa proibição foi mantida no documento aprovado na semana passada.
A questão é que desde a noite de terça-feira surgiu na CBF a preocupação de o texto atingir o filho de Tite. O novo treinador da seleção sequer sabia desta regra, segundo apurou o blog. A intenção dos redatores do documento não era tratar de comissões técnicas, mas evitar que diretores da confederação e de clubes pudessem contratar parentes.
Sim, a abrangência do código de ética é para todas as federações e times de futebol do Brasil. Ou seja, todos os técnicos que têm filhos ou parentes em suas comissões técnicas teriam de demiti-los. É o caso do treinador Cuca com seu irmão Cuquinha, do filho de Dorival Jr, Lucas Silvestre, entre outros.
Por isso, dirigentes de clubes já requisitaram que seja feita uma emenda ao texto com ressalva do mecanismo em relação às comissões técnicas. Pela nova ideia, continuaria a haver veto para a contratação de parentes de diretores da CBF e de times, mas não no caso dos departamentos de futebol.
Ainda é possível mudar o texto porque ele não foi aprovado pela Assembléia Geral Administrativa, composta por federações estaduais. Portanto, não é válido. É possível que o grupo de reforma volte a se reunir para reformar o código de ética, ou que a própria assembleia tome uma decisão sobre o assunto. Mas, hoje, a tendência é de o documento ser alterado.
Questionados sobre o assunto, assessores da CBF e de Tite não se pronunciaram.
PS O código de ética da confederação já causou polêmica ao ser anunciado porque não seu comitê não vai poder investigar as acusações propina contra o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero. A alegação é de que a norma não vale para casos anteriores.
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