Corinthians quer benefícios iguais a Estados em dívida com BNDES
Após demandas dos governos estaduais, o presidente da República em exercício, Michel Temer, indicou que pode dar benefícios aos Estados nas condições de pagamentos de empréstimos do BNDES dos estádios da Copa-2014. Se isso ocorrer, o Corinthians quer igualdade de tratamento em relação ao débito com o banco relacionado a sua arena. Defende que é uma questão de isonomia.
O BNDES fez empréstimos para a construção e reforma de 11 dos 12 estádios usados no Mundial-2014. No total, foram disponibilizados R$ 3,8 bilhões com juros subsidiados (TJLP – em torno de 6% ao ano). Cada um podia pegar R$ 400 milhões.
A maioria dos empréstimos foi feita a governos estaduais ou a empreiteiras que firmaram PPPs (Parceria Público-Privadas) com estes. Os únicos clubes que receberam esse financiamento, por meio de empresas intermediárias, foram o Corinthians e o Atlético-PR. Mas o clube paranaense recebeu por meio do Estado. No caso do Inter, a operação inteira foi da Andrade Gutierrez, sem participação do time.
Já o Corinthians criou uma empresa em associação com a Odebrecht chamada Arena Itaquera. A operação de crédito de R$ 400 milhões se deu com a intermediação da Caixa Econômica. O clube já pediu a revisão das condições de pagamento e não quitou as duas últimas parcelas. A renegociação é com a Caixa.
"Acredito que se derem para os Estados (mudança nas condições), podem dar para o Corinthians por uma questão de isonomia. Poderíamos discutir um alongamento da dívida. Agora, não tenho ideia de como é essa ideia do governo", contou o vice-presidente de Finanças do Corinthians, Emerson Piovezan. "Acho que tem de haver igualdade de tratamento."
Com dificuldades para pagamento, sete Estados pediram a renegociação de suas dívidas com o BNDES. A ideia seria obter uma carência de pagamento e mudanças nas parcelas. As dívidas totais somariam R$ 2,4 bilhões. Temer disse que as negociações estavam avançadas.
Por enquanto, o pedido do Corinthians é para de ter uma carência de três anos, e não de 19 meses como foi feito inicialmente. Assim, interromperia os pagamentos e voltaria a quita-los depois. Isso não foi fechado.
"Não houve resposta. É importante dizer que, de comum acordo com a Caixa, deixamos de pagar as parcelas. Não estamos inadimplentes. Faz parte do pleito", disse Piovesan. O clube já deixou de pagar duas parcelas ao BNDES, mas a Caixa Econômica cobriu os valores como intermediadora.
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